Município do Rio e TSE lançam Museu da Democracia no Rio de Janeiro

Por Redação
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Museu da Democracia será inaugurado no Rio de Janeiro

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Na tarde desta sexta-feira (19), o município do Rio de Janeiro e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançaram a pedra fundamental do Museu da Democracia. O evento foi conduzido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e atual presidente do TSE, Alexandre de Moraes, no prédio do Centro Cultural da Justiça Eleitoral (CCJE), localizado no centro da capital fluminense. O espaço passará por intervenções, porém ainda não há uma data oficial para a inauguração.

Durante a cerimônia, Moraes explicou que a ideia por trás do Museu da Democracia é contar e perpetuar a história da Justiça Eleitoral, que tem 92 anos de existência. Ele ressaltou a importância do papel da Justiça Eleitoral na construção da democracia brasileira e destacou a necessidade de documentar e explicar esses acontecimentos para as futuras gerações. O ministro também mencionou avanços históricos da democracia no Brasil, como a universalização do voto e o aumento da representatividade feminina, apesar da necessidade de avanços nessa área.

Moraes ainda relembrou as diferentes crises políticas pelas quais o Brasil passou ao longo dos anos, desde o estado de sítio com Marechal Deodoro e Marechal Floriano Peixoto até as ditaduras de Vargas e militar. Ele ressaltou que, desde a Constituição de 1988, o país vive um período de estabilidade democrática, ressaltando a importância da resiliência das instituições, como a Justiça Eleitoral e o Poder Judiciário, contra possíveis ataques à democracia.

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A criação do Museu da Democracia foi estabelecida por meio de um termo de cooperação assinado em dezembro do ano passado entre o TSE e o município do Rio. Segundo o acordo, o novo espaço terá o objetivo de promover o conhecimento político, histórico, cultural e econômico do Brasil, com a concepção a cargo da Fundação Getulio Vargas (FGV).

O acervo do museu será composto por trabalhos relacionados a manifestações populares, constituições, imprensa e resistência do processo democrático. Uma das atrações será a Sala do Voto, que reunirá objetos históricos que remetem à evolução do sistema eleitoral, como cédulas, urnas e fotos. Além disso, estão previstas exposições com obras que fazem referência a valores fundamentais para a convivência democrática, como justiça, educação e tolerância.

Durante a cerimônia de lançamento da pedra fundamental, foi apresentada a primeira peça que fará parte da coleção do museu: um quadro intitulado “8 de Janeiro de 2023”, criado e doado pelo artista plástico Vik Muniz. O prefeito Eduardo Paes descreveu a obra como um eterno lembrete da necessidade de proteção que todo projeto democrático requer.

Paes ressaltou a importância de lembrar os desafios enfrentados pela democracia brasileira, incluindo a tentativa de golpe ocorrida em 2023, assim como outros momentos históricos de ruptura institucional. O prefeito destacou que, apesar de ainda não haver uma data oficial para a inauguração, as obras e restaurações estão em andamento, prevendo-se a abertura do museu em aproximadamente um ano ou ano e meio.

O Museu da Democracia será um espaço fundamental para educar e preservar a memória da democracia brasileira, destacando a importância de defender os valores democráticos. Com isso, o museu se torna uma peça essencial na preservação e fortalecimento da democracia no Brasil.

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