Vacinação contra Covid-19 é adiada no Brasil, atraso na campanha.

Por Redação
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A campanha nacional de vacinação contra a Covid-19 estava prevista para iniciar neste mês, porém, o início da imunização foi adiado pelo Ministério da Saúde devido ao atraso na compra das doses da vacina. O impasse diz respeito a uma compra emergencial de 12,5 milhões de doses, disputada por Pfizer e Moderna.

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Já há registro de falta de doses da vacina

De acordo com autoridades de saúde brasileiras, a expectativa agora é que a campanha de vacinação seja iniciada em maio, com a vacinação dos grupos prioritários, desde que a disputa seja resolvida até então. O governo prevê que um novo contrato seja assinado nos próximos dias, com as primeiras doses sendo enviadas até sete dias após a assinatura.

Em 2022, durante a gestão de Jair Bolsonaro, foi feita a última aquisição de doses da Covid-19 da Pfizer. Já em 2023, o governo Lula firmou um contrato para receber doses da Coronavac.

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A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, atribuiu o atraso na entrega ao processo de compra. Ela mencionou que o ministério não possui mais doses da vacina bivalente em estoque e há cerca de 1,5 milhão de unidades do imunizante pediátrico disponíveis.

A gente depende da aprovação da Anvisa [do registro da vacina atualizada], que aconteceu em dezembro. A gente iniciou a compra, que está acontecendo agora. Tivemos essa questão do pregão, com duas concorrentes. Do ponto de vista do Ministério da Saúde, tudo o que poderia ser feito para que o processo fosse o mais célere possível, foi feito.

Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente

O município do Rio de Janeiro já informou à população que não há vacinas disponíveis para pessoas com mais de 12 anos, devido à falta de repasses de doses da Saúde. Os governos do Rio Grande do Sul e do Maranhão também afirmaram que estão sem imunizantes para esse público, para distribuição aos municípios.

Houve um atraso na compra emergencial de 12,5 milhões de doses (Imagem: M-Foto/Shutterstock)

Entenda o que travou a assinatura do contrato

  • O Ministério da Saúde discutiu a compra de vacinas bivalentes no segundo semestre de 2023, porém, o processo foi interrompido por recomendação da área técnica para aguardar o registro do modelo atualizado do imunizante, adaptado à variante XBB.
  • A Anvisa aprovou a atualização da vacina da Pfizer contra a Covid-19 para essa variante em dezembro.
  • Em março, a Anvisa concedeu o registro para a versão atualizada do imunizante da Moderna.
  • Mencionada por Ethel, a preparação para a compra emergencial de vacinas teve início no início de 2024 pelo Ministério da Saúde.
  • As propostas das empresas foram entregues no começo de março.
  • A secretária informou que o registro da vacina da Moderna causou um impasse na compra, ao se tornar a primeira competição de empresas por um contrato de imunizantes da Covid-19 do ministério.
  • Anteriormente, não havia concorrência, pois apenas uma farmacêutica possuía registros do modelo que a Saúde buscava.
  • Diante da situação, o ministério orienta que os grupos de risco tomem a vacina disponível nos postos de saúde.
  • Essas informações são provenientes da Folha de São Paulo.

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