Um convênio firmado entre a prefeitura de Salvador e o governo federal vai permitir a construção de um Centro de Inclusão Digital e Informação Cidadã para a Mulher na capital baiana. O espaço será um centro de capacitação em tecnologia para as soteropolitanas e vai atender também mulheres em situação de risco. O anuncio foi feito no palácio Thomé de Souza, na tarde desta quinta-feira (30)
Segundo o prefeito ACM Neto, o objetivo é que as mulheres aprendam atividades relacionadas à tecnologia no local e possam usar a experiência como uma alternativa de trabalho. Com o convênio firmado, o próximo passo será fazer a licitação para a construção do Infocentro.
“Será oferecida capacitação digital. A ideia é a inclusão digital da mulher para que através das ferramentas digitais elas tenham um diferencial na busca do emprego, na luta pelo mercado de trabalho”, contou.
A capacidade de atendimento do novo espaço, as exigências para a inscrição e os detalhes do funcionamento da nova casa estão sendo definidos pela prefeitura. A ideia é de que a licitação para a construção do espaço seja lançada nos próximos meses. “Paralelo ao processo de execução das obras nós vamos estruturar o seu funcionamento, a sua operação”, afirmou o prefeito.
O investimento será de R$ 1,6 milhão e o Infocentro será administrado pela Secretaria Municipal de Política para as Mulheres, Infância e Juventude (SPMJ). Além da implantação do novo espaço, os recursos também vão possibilitar a capacitação feminina, promoção de feiras de cidadania da mulher e ações temáticas destinadas ao empoderamento feminino, além da estruturação da SPMJ e do Conselho Municipal da Mulher.
A ministra dos Direitos Humanos, Liuslinda Valois, participou da assinatura do convênio e destacou a importância do novo espaço de formação tecnológica. “Esse centro de informática será um espaço de atendimento de vítimas de violência, além de representar uma alternativa para as mulheres que desejam encontrar espaço na área da tecnologia”, disse.
Ela também apontou o preconceito como um dos obstáculos que precisam ser vencidos. “Estudos apontam que mulher no campo da informática enfrentam muitos preconceitos. Eu sei que não apenas no setor de tecnologia, mas em diversas outras situações também o é. É difícil ser mulher nesse país e eu acrescento que ser mulher, negra e pobre é muito mais difícil”, afirmou.
A secretária especial de Política para as Mulheres, Fátima Pelaes, e a deputada federal Tia Eron também participaram da assinatura do convênio. O recurso que será usado na construção do Infircentro foi fruto de uma emenda parlamentar da deputada. Ela foi confirmada no comando da Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (Semps).
