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Lula: exportações reduzirão desigualdade social no Brasil

Por Redação
5 Min

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que os estímulos promovidos pelo governo federal para impulsionar a produção e exportação no país resultarão em uma sociedade mais igualitária, composta principalmente por pessoas de classe média, em vez de estar dividida entre ricos e pobres.

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A declaração foi feita nesta sexta-feira (12) em Campo Grande (MS), onde o presidente participou de um evento comemorativo ao embarque do primeiro lote de proteína animal exportada para a China, a partir da fábrica JBS. Em março, o país asiático habilitou 38 novas plantas para receber carne importada do Brasil.

Com isso, o total de plantas habilitadas para operar na China passou de 107 para 145. Dessas, 24 são voltadas ao processamento de carne bovina; oito de frangos; um estabelecimento de termo processamento de bovinos; e cinco entrepostos.

De acordo com o Planalto, essas unidades em conjunto irão gerar um incremento de R$ 10 bilhões na balança comercial brasileira ao longo dos próximos 12 meses. O Mato Grosso do Sul, que antes tinha apenas três frigoríficos habilitados para exportar para a China, agora conta com sete.

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“Círculo virtuoso”

Vocês estão percebendo que a economia brasileira voltou a crescer. Estão percebendo que a inflação voltou a cair e que a massa salarial voltou a crescer. Antes, 80% dos acordos salariais nesse país eram abaixo da inflação. Hoje, 87% são acima da inflação. E vocês estão percebendo que o salário mínimo voltou a subir”, discursou o presidente, destacando que o crescimento de 11,7% na renda familiar é o maior em 28 anos.

Lula acrescentou que, quando o trabalhador ganha mais, ele se torna um consumidor. “E quando ele se torna um consumidor, ele vai mais às lojas e supermercados para comprar. Aí, a loja encomenda mais da fábrica e a fábrica produz mais. É um círculo virtuoso de geração de oportunidades para todos.”

“Mas para isso, é necessário que os empresários façam investimentos; é preciso ter países parceiros que comprem nossos produtos. É assim que o Brasil se transformará, um dia, em uma economia verdadeiramente rica e não dividida entre pobres e ricos. Nós queremos uma sociedade de classe média”, completou, reforçando que cabe ao Estado oferecer as condições adequadas para esse cenário.

Infraestrutura

Segundo a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, os investimentos realizados na infraestrutura do país fazem parte dessa estratégia de desenvolvimento associada à justiça social, defendida pelo governo.

“Essa planta [frigorífico onde ela e Lula estavam, de onde foi enviado o primeiro lote de carne para a China] significa mais exportação, e esse evento significa abrir o mercado brasileiro para o mundo. Exportar significa mais empregos gerados, mais renda no comércio e, consequentemente, mais empregos sendo gerados em uma economia circular”, disse a ministra, lembrando que cerca de R$ 70 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) são investidos em infraestrutura.

Apontando para um mapa com as rotas de escoamento da produção brasileira, Simone Tebet afirmou que, recentemente, boa parte do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro se concentrou no Centro-Oeste brasileiro e em partes do Norte e do Sul do país.

“Atalho para a China”

“Quando olhamos o mapa, vemos que é muito mais rápido e lucrativo exportar pelo Oceano Pacífico. Há uma rota de integração que vai permitir à JBS e aos produtos que plantamos; à agricultura familiar; à pecuária do agronegócio possam chegar mais rápido e mais barato para a China”, disse.

“Esta rota já está [praticamente] pronta. Do lado do Brasil, falta a ponte em Porto Murtinho, que o presidente Lula inaugura no segundo semestre do ano que vem. Em 2025 começa também a construção, pelo PAC, de mais de R$ 400 milhões para interligar o asfalto da [BR] 419”, acrescentou.

Segundo a ministra, com a conclusão dessas obras, esses produtos não precisarão mais ir para os portos do Atlântico. “Eles vão poder chegar a uma distância inferior a 10 mil quilômetros para chegar na China. Estamos falando em diminuir a rota em até 21 dias, o que significa que os produtos poderão ser entregues por um preço mais baixo”, completou.

Com informações da Agência Brasil.

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