Alerta do Banco Mundial para crescente desigualdade de renda em nações em desenvolvimento

Por Redação
3 Min

Os países mais pobres, que abrigam um quarto da população global – 1,9 bilhão de pessoas -, estão enfrentando uma realidade sombria à frente, alertou o Banco Mundial em um relatório publicado nesta segunda-feira (15).

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De acordo com o relatório intitulado ‘A grande reversão: Perspectivas, riscos e políticas nos países da Associação Internacional de Desenvolvimento (AID)’, metade das 75 nações mais vulneráveis está experimentando, pela primeira vez neste século, um aumento da disparidade de renda em relação às economias mais ricas.

O Banco Mundial destacou que as perspectivas para os países mais vulneráveis do mundo são sombrias. O estudo ressaltou que esses países já enfrentavam desafios significativos antes mesmo da pandemia da covid-19 e agora estão passando por uma “reversão histórica”.

Entre os anos 2020 e 2024, a renda média per capita em metade dos países da AID tem crescido mais lentamente do que nas economias ricas, atingindo menos de US$ 1.315 por ano. Como resultado, a disparidade de renda entre esses países e as economias mais desenvolvidas continua aumentando nos últimos anos.

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O estudo também apontou que um em cada três países da AID está mais pobre do que antes da pandemia, com a taxa de pobreza extrema sendo mais de oito vezes superior à média global. Além disso, metade desses países enfrenta superendividamento ou corre o risco de entrar em crise, enquanto os credores públicos e privados têm virado as costas para essas nações.

O economista chefe e vice-presidente sênior do Grupo Banco Mundial, Indermit Gill, destacou a importância de não virar as costas para os países da AID e cobrou ajuda da comunidade internacional. Ele ressaltou que a China, Índia e Coreia do Sul, que hoje são potências econômicas, já foram mutuárias da AID.

Além dos desafios, o estudo apontou que os países mais pobres têm um potencial demográfico em energia renovável, com uma parcela crescente de trabalhadores jovens até 2070. Esses países também possuem recursos naturais substanciais, como estanho, cobre e ouro, fundamentais para a transição para uma matriz energética mais limpa.

Em resumo, o relatório do Banco Mundial destaca a urgência de apoio aos países mais vulneráveis e a necessidade de reconhecer seu potencial demográfico e de recursos naturais para promover o desenvolvimento sustentável.

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