O ex-prefeito de Aratuípe, Antônio Miranda Silva Júnior, mais conhecido como Sinho Canário, recebeu uma sentença da Justiça Federal que o condenou a oito anos e sete meses de prisão, além de ficar impedido de concorrer a cargos públicos por cinco anos.
A condenação é resultado de uma ação penal movida pelo Ministério Público Federal (MPF) no âmbito da Operação Carcará, que investigou um esquema de simulação de licitações, corrupção e desvio de recursos públicos. Sinho Canário já havia sido preso em 2010, durante seu mandato como prefeito, no desenrolar dessa mesma investigação.
Na decisão proferida pelo juiz federal da 17ª Vara Federal Criminal, Ailton Schramm de Rocha, ficou determinado que, além de ficar inelegível, o ex-prefeito Sinho está proibido de assumir qualquer cargo ou função pública, seja por meio de eleição ou nomeação.
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O magistrado também determinou que, juntamente com os demais réus do processo, o ex-prefeito terá que devolver a quantia de R$ 624 mil aos cofres públicos, como forma de reparar os danos causados.
A acusação feita pelo MPF aponta que os acusados faziam parte de uma quadrilha especializada em “loteamento” de municípios na Bahia, com o intuito de realizar licitações simuladas, minando a competição entre as empresas participantes ao pré-determinar as vencedoras dos certames em troca de propina.
Sinho Canário exerceu o cargo de prefeito por três mandatos, nos períodos de 2005-2008, 2009-2012 e 2017-2020. Mesmo tendo fixado residência em Salvador, ele cogitava disputar novamente a prefeitura de Aratuípe este ano.
A decisão da Justiça Federal representa um desfecho importante para a Operação Carcará e reforça a necessidade de combater a corrupção e a má gestão dos recursos públicos em todas as esferas de governo. O caso de Sinho Canário serve como exemplo de que a justiça está atenta e atuante na punição dos envolvidos em práticas ilícitas no âmbito político-administrativo.