Drones para Combate a Incêndios Florestais em São Carlos
Os órgãos de prevenção e combate a incêndios florestais em São Carlos, interior de São Paulo, estão prestes a receber uma importante inovação para detectar focos de queimadas. Pesquisadores da Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (EESC-USP) estão desenvolvendo drones equipados com sensores de gases e sistemas de inteligência artificial para identificar e combater incêndios florestais de forma mais eficaz.
Projeto Inovador
Esse projeto foi apresentado durante a FAPESP Week França, que ocorreu na região da Occitânia. Os drones possuem sensores de baixo custo que detectam e medem continuamente a concentração de gás carbônico, metano e outros parâmetros ambientais, como temperatura e umidade. De acordo com Glauco Augusto de Paula Caurin, professor da EESC-USP e coordenador do projeto, os sensores funcionam como um "nariz eletrônico", permitindo uma análise precisa dos dados atmosféricos.
Comparação com Métodos Tradicionais
Os dados coletados pelos drones são analisados por inteligência artificial, permitindo a identificação das fontes de emissão de gases associados a queimadas. Caurin destaca que os drones são capazes de detectar focos de incêndio muito mais rapidamente do que satélites, facilitando ações ágeis das autoridades no combate às chamas.
Monitoramento de Gases de Efeito Estufa
Além de incêndios, o projeto também avalia o uso de drones para monitorar gases de efeito estufa (GEE), com apoio da FAPESP e parceria com a Shell. Os resultados mostram que os drones são uma alternativa mais acessível em comparação a métodos tradicionais de monitoramento, como satélites e aviões de pesquisa. Com drones, é possível realizar múltiplos sobrevoos em uma área específica, melhorando a precisão dos dados coletados.
Vantagens dos Drones
Uma das principais vantagens dos drones é a habilidade de variar a altura durante a coleta de dados, permitindo a obtenção de informações volumétricas sobre os gases na atmosfera. Isso representa uma melhoria significativa em relação aos satélites, que oferecem apenas uma média dos gases em uma superfície.
Futuro dos Drones na Pesquisa Ambientais
Atualmente, os drones comerciais têm autonomia limitada, voando entre 15 minutos e meia hora, o que os torna inadequados para áreas extensas como florestas. O grupo de pesquisa da EESC-USP está trabalhando em projetos de aerodinâmica para aumentar a eficiência dos drones, permitindo voos mais longos e abrangentes. No futuro, há planos para usar esses drones em missões na Amazônia, visando ampliar a monitorização e a proteção ambiental.
Conclusão
Os avanços na tecnologia de drones prometem revolucionar a forma como combatemos incêndios florestais e monitoramos gases de efeito estufa. Com esses novos equipamentos, espera-se uma melhora significativa na proteção das florestas e no entendimento das emissões atmosféricas no Brasil. Para mais informações sobre a FAPESP Week França, acesse fapesp.br/week/2025/france.
Informações da Agência FAPESP