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Esta IA pode preservar muitas vidas no futuro

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Uma dor intensa no peito é frequentemente caracterizada como uma sensação de pressão interna. Este desconforto pode irradiar para outras partes do corpo, causando um mal-estar que afeta a rotina do indivíduo. Embora tais sintomas possam sinalizar o início de um ataque cardíaco, eles também podem ser indicativos de um simples desconforto, como gases. É importante destacar que, após a dor inicial, os ataques cardíacos costumam apresentar outros sinais, incluindo suor frio, falta de ar, vômitos e tontura. Esses primeiros indícios, contudo, mostram-se semelhantes a outras condições médicas.

Com o objetivo de eliminar quaisquer dúvidas, pesquisadores da Universidade do Mississippi, nos EUA, inovaram ao desenvolver uma tecnologia capaz de detectar problemas cardíacos em tempo real. A nova inventividade foi compactada em um chip minúsculo, o que permite, futuramente, que dispositivos vestíveis a utilizem.

Os testes iniciais mostraram-se promissores, apresentando uma taxa de precisão de 92,4%. Contudo, essa tecnologia ainda não possui autorização para operar comercialmente, e é crucial compreender que ela difere significativamente dos dispositivos atualmente disponíveis no mercado.

De acordo com o Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares são a principal causa de mortes no Brasil – Imagem: Shutterstock/Chalermphol Liawsutee

Como funciona?

Atualmente, dispositivos usando Inteligência Artificial (IA) são capazes de reconhecer padrões em dados de eletrocardiograma (ECG) provenientes de aparelhos vestíveis, seja por meio da nuvem ou de aplicativos conectados. A IA criada pela Universidade do Mississippi, no entanto, destaca-se porque permite a leitura em tempo real.

Esse avanço tecnológico é atingido por meio da integração de uma técnica matemática conhecida como Fast Fourier Transform (FFT), combinada com redes neurais artificiais. Isso possibilita que os batimentos cardíacos sejam classificados como “normais” ou “suspeitos de ataque”. Este diagnóstico imediato serve para alertar os pacientes rapidamente, o que facilita intervenções médicas precoces.

O professor de engenharia elétrica Kasem Khalil, que assina o estudo, propõe o uso dessa plataforma também para outras condições médicas. “Queremos ser capazes de prever ou identificar muitos problemas usando tecnologias como esta. Sejam ataques cardíacos, convulsões ou demência”, afirmou ele. Esta inovação marca um passo à frente no diagnóstico e tratamento de diversas doenças.

Os dispositivos vestíveis estão se tornando cada vez mais populares – Imagem: Melike Benli/Pexels

Próximos passos

A equipe do projeto reconhece que está distante do lançamento comercial. Existem desafios significativos na criação de um detector vestível para ataques cardíacos. Será necessária a viabilização da produção em larga escala, além de uma miniaturização do hardware para que caiba em dispositivos portáteis.

O ajuste do software é fundamental para reduzir o número de falsos positivos e negativos. Além disso, a tecnologia precisará passar pela aprovação de órgãos reguladores rigorosos, como a Food and Drug Administration (FDA) nos EUA. Apesar das capacidades avançadas do Apple Watch, ele ainda não pode ser formalmente promovido como um medidor de ataques cardíacos, pois não recebeu essa autorização do FDA.

A IA deve impactar profundamente a Medicina nos próximos anos – Imagem: Lemon_tm/iStock

Portanto, o progresso é lento, mas a tecnologia é extremamente promissora. No futuro, essa inovação provavelmente contribuirá para a salvação de vidas. Ficaremos atentos ao desenrolar desse projeto revolucionário.

As informações são do New Atlas.

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