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Governo cobra retirada de anúncios de vapes do Mercado Livre e redes sociais

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O governo brasileiro, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), intensifica a luta contra a disseminação dos cigarros eletrônicos, conhecidos popularmente como “vapes”. Essa ação visa proteger os jovens, que são particularmente vulneráveis ao marketing desses produtos. Recentemente, a Senacon notificou as grandes plataformas digitais, incluindo Instagram, YouTube, TikTok, Mercado Livre e Enjoei, para que realizem a remoção imediata de anúncios e conteúdos que promovam ou vendam esses dispositivos. Além disso, essa notificação abrange também outros produtos derivados do tabaco cuja venda é absolutamente proibida no Brasil.

O que se observa com essa iniciativa é uma resposta do governo federal à crescente preocupação com os impactos do uso desses dispositivos na saúde da população. A exigência das autoridades é clara: as plataformas têm um prazo de apenas 48 horas para cumprir essa ordem, demonstrando a urgência da questão mencionada.

Notificação não se limita à proibição de anúncios

Em linha com suas diretrizes, muitas plataformas serão responsabilizadas de maneira direta por realizar uma varredura abrangente em seus sistemas. Esse mapeamento é crucial para identificar e remover qualquer conteúdo que promova ou facilite a venda de cigarros eletrônicos e derivados do tabaco que estão proibidos no Brasil. Esse enfoque é vital na tentativa de cortar o fluxo de informações que possam provocar o consumo desses produtos, sendo que jovens e adolescentes são os principais alvos desse marketing.

Estudos têm demonstrado que a promoção desses dispositivos nas mídias sociais e e-commerces contribui para a normalização e o engajamento de uma parte jovem da sociedade com produtos que impactam diretamente na saúde. Esta medida, portanto, faz parte de um esforço contínuo para manter a saúde pública no centro das políticas governamentais.

Venda e propaganda de “vapes” é proibida no Brasil

Essas medidas foram tomadas em resposta a um levantamento que revelou a existência de cerca de 1,8 mil páginas e anúncios relacionados a “vapes” nas plataformas digitais. A prevalência desses conteúdos online ergue um verdadeiro desafio para as autoridades de saúde pública e para a legislação brasileira. Desde 2009, o Brasil prohibe a venda, importação e propaganda de cigarros eletrônicos, segundo uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A decisão da Senacon ecoa as crescentes preocupações da comunidade médica. Estudos recentes apontam que, embora os “vapes” sejam vendidos como alternativas mais seguras em relação ao cigarro convencional, eles também liberam substâncias tóxicas e cancerígenas. Isso pode levar a problemas de saúde graves, como dependência de nicotina e condições respiratórias e cardíacas.

Com a implementação dessa notificação, o governo efetivamente sinaliza a sua disposição em combater produtos prejudiciais à saúde, rejeitando sua aceitação nas plataformas digitais. Demostrar que a ética na saúde pública deve prevalecer é um indicativo de que intervenções governamentais podem fazer a diferença.

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A expectativa é que a adesão das empresas à determinação da Senacon leve a uma redução significativa da exposição da população aos riscos que os cigarros eletrônicos impõem. No entanto, a supervisão e fiscalização do cumprimento dessa determinação serão cruciais para assegurar a efetividade da iniciativa. Neste cenário, a colaboração entre governo e plataformas digitais é fundamental para a construção de um ambiente mais seguro e saudável para todos, especialmente para as novas gerações.

As consequências dessa medida ہوسقرار podem inclusive influenciar outras legislações internacionais, demonstrando que a luta contra o uso de produtos nocivos à saúde é um movimento em alcance global. Portanto, observamos que os responsáveis pela política pública devem continuar atentos às evoluções dos comportamentos de consumo, a fim de efetivamente proteger a saúde da população.

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