A concessionária Enel está no centro das atenções após a paralisação do abastecimento de energia que afetou parte da capital paulista desde sexta-feira (11). A empresa foi notificada pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) para elaborar um plano emergencial de restauração do serviço e divulgar canais de atendimento à população afetada pelo apagão.
Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, nesta segunda-feira (14), o secretário da Senacon, Wadih Damous, afirmou que o governo adotará uma postura firme em relação ao episódio e que não tratará o corte de energia como um evento isolado. Damous ressaltou que os consumidores têm o direito de receber energia de forma contínua e de qualidade, e que é dever do Estado investigar as falhas para identificar os responsáveis e aplicar as devidas compensações.
Além disso, a Controladoria-Geral da União informou que investigará as causas do apagão e fiscalizará a concessionária Enel. Em caso de impedimentos técnicos para normalizar o serviço dentro do prazo estipulado pelo Governo Federal, a empresa deverá comunicar imediatamente as dificuldades encontradas.
Este não é o primeiro episódio de interrupção de energia em São Paulo envolvendo a Enel. Em novembro de 2023 e em março deste ano, a cidade enfrentou problemas semelhantes, causando prejuízos a diversos setores da economia local. A Senacon aplicou uma multa de R$ 3 milhões à empresa em 2023, que recorreu da decisão e não realizou o pagamento.
Na mesma coletiva, o ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius Carvalho, e o advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, anunciaram o início de investigações formais para identificar as falhas que levaram à queda de energia e responsabilizar os envolvidos, reforçando a proteção dos direitos dos consumidores afetados.
A prefeitura de São Paulo também receberá um ofício da Senacon solicitando informações sobre medidas de prevenção, como a poda de árvores e o cabeamento interno, para evitar novas interrupções no fornecimento de energia.
A crítica à Enel também se estende à terceirização de serviços, apontada como uma das razões para a falta de investimento adequado em manutenção e prevenção, o que contribui para os problemas recorrentes de apagões na cidade.
Diante desse cenário, a população aguarda ansiosamente por respostas e soluções efetivas para garantir um fornecimento de energia estável e de qualidade, sem interrupções que prejudiquem a rotina e a economia da região. A transparência e a responsabilidade das empresas concessionárias e dos órgãos públicos são essenciais para restabelecer a confiança da população e evitar novos transtornos no futuro.
Com informações da Agência Gov