Réveillon de cinco dias no Comércio se torna prévia do Carnaval

Por Redação
7 Min

O ano começou, e agora? Para quem gosta de folia e se despediu de 2015 na Praça Cayru, no Comércio, agora é hora de Carnaval. Tanto os artistas e o público apontaram os dias da festa organizada pela prefeitura como um “esquente”.

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Teve cinco dias de festa, mistura de tribos, som para todos os gostos, prédios da região virando camarote, paquera, diversão, calor… Como melhor definir o que está acontecendo na Praça Cayru nestes cinco dias?

O estudante Alberto Pereira, 23, veio de Aracaju para passar o Ano-Novo com amigos. “Eu sempre quis vir no Carnaval, mas nunca dá certo. Quem é daqui de Salvador diz que não, mas para mim o clima já foi de Carnaval esses dias, só faltou o trio”, brincou.

Ontem, Ivete e Filhos de Gandhy reforçaram a programação de atrações “de  levadas para o circuito do Ano-Novo. Hoje, Olodum e Daniela Mercury embalam o público a partir das 17h.

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Mas antes disso tudo, na noite de quarta-feira, Wesley Safadão, o cantor mais esperado pelo público do terceiro dia de festa, contou que já estava treinando para as apresentações em cima do trio (que são longas, lembrou ele). “A gente só vai terminar depois do Carnaval, agora”, brincou o músico com o público. Ele prometeu fazer sua segunda participação no Carnaval de Salvador este ano. “Foi muito bom ter ele nessa virada de ano, ele é descontraído e traz alegria. Eu mesmo já sei que quero vê-lo novamente no Carnaval”, afirmou o comerciante Sandro Borges, 42.

De antigos carnavais, Durval Lelys, que se apresentou antes de Safadão,  começou no Comércio os ensaios de Du Miseravan, seu personagem para a Folia de 2016. Durval levou para o palco Felipe Escandurras. “Esse aqui é uma máquina de hits”, apresentou Durval. Felipe é compositor de grandes sucessos do Carnaval e de artistas que se destacaram em 2015 e é o novo cantor da banda Filhos de Jorge.

Já Xanddy, do Harmonia do Samba, que subiu ao palco depois de Safadão, chegou a brincar no palco que conseguiu ver o seu bloco de Carnaval ali, dançando em frente ao Elevador Lacerda.  O cantor reservou um momento do show para lembrar músicas do início da carreira, mas também trabalhou para emplacar Daquele Jeito, sua aposta para o Verão.

“Pra gente (artistas) é uma honra e uma responsabilidade grandes, quando a gente divide o palco com tanta gente boa. E é muito bacana esse pré-Réveillon, é um presente, você consegue ver a galera que nem sempre tem oportunidade de ir pra réveillons pagos”, afirmou.

No caso de  Regina Capinã, 50, que costuma trabalhar no Carnaval como cordeira, essa não foi somente uma chance de aproveitar o Réveillon, mas também de antecipar o Carnaval. “Aqui eu curti o É o Tchan, Durval, Xanddy, Ivete. São os artistas que eu gosto”, listou.

A avaliação de um Réveillon pré-carnavalesco é também da prefeitura de Salvador.  “Essa festa é uma avant prèmiere (pré-estreia), é uma abertura para este que vai ser o maior Carnaval de todos os tempos”, apostou o prefeito ACM Neto.

Pelo sucesso de público e grande atração de turistas nacionais e, inclusive, pensando em superação para o Carnaval, o prefeito cobrou do trade turístico a ampliação e melhoria dos leitos de hospedagens na cidade. “A cidade está com quase 100% de ocupação hoteleira, imagina no Carnaval!”. O prefeito afirmou que a festa no Comércio é para o turista voltar e para o baiano ter orgulho da cidade.  Segundo as estimativas da prefeitura, nos três primeiros dias de festa passaram pela Cayru mais de 500 mil pessoas. A previsão é de que mais de 1,5 milhão passem até o final dos shows de hoje.

Deles, para elas
Só na noite de quarta-feira, foram mais de 200 mil pessoas. Boa parte delas gritava “Vai, Safadão!”, em coro,  pedindo que o cearense Wesley Safadão subisse ao palco. Ao subir, ele não só cantou, mas também se fez de conselheiro amoroso.

Antes, no início da noite do terceiro dia de festa, só era possível ver correria nos acessos da Praça Cayru. Ao ouvir o pagode romântico do grupo Sorriso Maroto, adolescentes e mulheres adiantavam o passo para não perder nem um minuto do show dos cariocas. Em seguida, teve Durval Lelys.

Depois de Safadão, Xanddy, do Harmonia do Samba, tirou o fôlego das moças. “É tanto homem lindo, a gente não tem como não gritar”, justifica a estudante Tatiele Souza, 18 anos.  O terceiro dia de festa da virada foi para elas. As atrações justificavam o coro de vozes femininas, românticas e provocadoras (e um tanto histéricas) que podiam se ouvir em todos os cantos do Comércio, mas principalmente pertinho da grade que dividia o palco do público.

“A gente chegou cedo só para ver ele (Wesley Safadão), ainda consegui uma toalhinha (jogada pelo cantor)”, comemorou, aos gritos, Daiane da Paixão, 20.

Depois de Xanddy, quem encerrou a noite foi Alinne Rosa, que apresentou sua primeira composição  Isso Aqui É Salvador, que  será sua música de trabalho para o Verão. E, é claro, ela também mirou no Carnaval. “Tenho muita coisa saindo do forno, várias composições em parceria com amigos e integrantes da banda. Em uma semana, estarei lançando outras novidades, que meus fãs poderão acompanhar em minhas redes sociais”, afirmou. Com informações do Carnaval na Bahia.

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