Estudantes baianos desenvolvem biofilme de rambutan, fruta local

Por Redação
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O rambutan, um fruto de origem asiática, é cultivado comercialmente em vários municípios da Bahia, como Una, Ilhéus, Camamu e Ituberá, além do Pará. Essa árvore tropical, que pode atingir até 12 metros de altura, se destaca pela sua floração e frutificação. Estudantes do Instituto Federal Baiano (IFBaiano), Campus Catu, como Eduarda Mainah, Vinícius de Jesus, Helena Menezes e Ester da Conceição, sob a orientação de Saulo Capim, realizaram uma descoberta inovadora: as cascas do rambutan podem ser utilizadas na produção de biofilme, um tipo de polímero desenvolvido a partir de materiais biodegradáveis.

O processo de fabricação do biofilme envolve a utilização das cascas do fruto Nephelium lappaceum, o rambutan. Os frutos são adquiridos no centro de abastecimento de Salvador, higienizados, separados da polpa e, em seguida, as cascas são secas em estufa para preparar o extrato. Para a produção dos biofilmes, o extrato da casca do rambutan é combinado com farinha de mandioca e glicerina.

Os resultados dos experimentos realizados pelos estudantes e pelo orientador demonstraram que os frutos conservados com o biofilme desenvolvido a partir das cascas do rambutan conseguiram aumentar o tempo de prateleira em mais de 12 dias fora da geladeira, sem comprometer a qualidade e os nutrientes dos alimentos. Esse produto de baixo custo de fabricação e com propriedades antioxidantes pode ser empregado na indústria de embalagens plásticas.

Com o apoio do IFBaiano e do CNPq, o projeto desenvolvido pelos estudantes e orientadores recebeu uma bolsa de iniciação científica e está em fase de finalização, com resultados promissores. O próximo passo será concluir os últimos testes de resistência e análises, buscando recursos para abrir uma startup e levar o biofilme para o mercado de embalagens no país.

A iniciativa dos pesquisadores baianos em desenvolver este projeto inovador é um exemplo do potencial científico e tecnológico presente no estado. A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) destaca a importância de iniciativas como essas, que visam melhorar a qualidade de vida da população através da ciência e da inovação. As informações sobre este e outros projetos estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria, que divulga semanalmente matérias sobre as contribuições da comunidade científica baiana para diversos setores, como saúde, educação e segurança. Se você tiver sugestões de temas para futuras pautas, entre em contato pelo e-mail ascom@secti.ba.gov.br.

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