Após realizarem uma assembleia geral nesta quinta-feira (25/4), os professores da Universidade Federal da Bahia (Ufba) anunciaram a deflagração do estado de greve. Inicialmente, eles irão paralisar as atividades por 72 horas, conforme informou o Apub Sindicato (Sindicato dos professores das instituições federais de ensino superior da Bahia).

Durante o evento, a professora Celi Taffarel, do Departamento de Educação Física, destacou que a categoria rejeitou a proposta do governo de 0% de recomposição e ressaltou a importância de fortalecer o movimento nacional. Neste momento, mais de 34 federais estão em greve, incluindo aquelas da base da Apub," afirmou.

"A fim de pressionar o governo, é necessário deflagrar a greve hoje. No dia 29, a federal da Bahia dará o exemplo para todo o Brasil e aderirá à greve," completou a docente.

A decisão de entrar em greve foi motivada pela insatisfação com a proposta de reajuste salarial de 0% apresentada pelo governo. Os professores consideram essa proposta inadequada diante da realidade econômica do país e das necessidades da categoria.

Além disso, o movimento grevista tem como objetivo reivindicar melhores condições de trabalho, valorização da carreira docente, investimentos na infraestrutura das universidades e garantias de autonomia acadêmica.

No contexto nacional, diversas universidades federais já estão em greve como forma de pressionar o governo a atender às demandas dos docentes e demais profissionais da educação.

A mobilização dos professores da Ufba reflete a união e a determinação da categoria em lutar pelos seus direitos e por uma educação pública de qualidade. A greve é uma ferramenta legítima de manifestação e protesto, utilizada historicamente para chamar a atenção para questões sociais e trabalhistas.

A adesão dos professores ao estado de greve demonstra a disposição da categoria em resistir e em lutar por uma educação superior mais justa e inclusiva, que valorize o trabalho dos docentes e promova o acesso de qualidade para todos os estudantes.

Diante desse cenário, a comunidade acadêmica da Ufba se mobiliza em apoio aos professores grevistas e se engaja nas pautas reivindicatórias da categoria. A greve dos professores é um ato político e pedagógico que busca transformar a realidade da educação no país e que reafirma o compromisso com uma universidade pública, gratuita e de excelência.

A greve dos professores da Ufba é mais do que uma paralisação de atividades, é um ato de resistência e de luta por uma educação pública e democrática. A mobilização da categoria é fundamental para garantir avanços e conquistas que beneficiem não apenas os professores, mas toda a comunidade acadêmica e a sociedade como um todo.