O presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, declarou nesta terça-feira (16) que a série de dados decepcionantes, que revelam uma inflação mais forte do que o previsto nos Estados Unidos, indica que a autoridade monetária provavelmente necessitará de mais tempo do que inicialmente estimado para confirmar que a inflação está progredindo em direção à meta de 2%.

"Os dados recentes claramente não nos forneceram maior confiança e sugerem que provavelmente levará mais tempo do que o esperado para alcançar essa confiança", afirmou Powell durante um evento realizado no The Wilson Center, em Washington, sobre as relações econômicas entre EUA e Canadá.

Powell acrescentou que, enquanto a inflação não mostrar mais avanços, "podemos manter o nível atual de restrição pelo tempo que for necessário".

A expectativa é de que o Fed mantenha a taxa básica inalterada em sua próxima reunião, agendada entre 30 de abril e 1º de maio, porém os investidores estão ansiosos por qualquer indicação sobre quando uma redução poderá ocorrer. Os comentários de Powell sugerem que essa redução não ocorrerá em breve.

"Se a inflação mais alta persistir, poderemos manter o atual nível de restrição pelo tempo que for necessário", declarou Powell. "Ao mesmo tempo, temos um espaço significativo para flexibilizar caso o mercado de trabalho enfraqueça inesperadamente."

Portanto, a postura do Fed permanece cautelosa diante dos desafios econômicos e da incerteza em relação à inflação nos Estados Unidos, mantendo-se aberto a ajustes conforme necessário. É importante acompanhar de perto os próximos passos do banco central americano e as decisões que serão tomadas para garantir a estabilidade econômica do país.