As mudanças climáticas estão se tornando um grande desafio para a sociedade, com previsões de que até 2050, o combate a esses problemas poderá consumir 9% do valor da habitação no mundo, totalizando US$ 25 trilhões, conforme apontou a reportagem de capa da revista semanal The Economist. Esse montante é equivalente ao PIB dos Estados Unidos, o que levanta a questão sobre quem será responsável por arcar com esses custos.

A matéria destaca que as consequências das mudanças climáticas já estão impactando severamente a infraestrutura e os ativos imobiliários ao redor do mundo. Tornados nos subúrbios americanos e granizo de grandes proporções destruindo vilas na Itália são apenas alguns exemplos dos efeitos do clima extremo provocado pelas emissões de gases do efeito estufa.

Um dos principais questionamentos levantados pela reportagem é sobre quem irá pagar a conta por esses danos. Os proprietários de imóveis ainda não perceberam completamente os riscos, pois os preços das habitações não refletem os impactos climáticos. Por outro lado, os contribuintes podem acabar tendo que arcar com os custos, criando incentivos para a adaptação dos proprietários aos desafios iminentes.

As seguradoras também estão sentindo o impacto das mudanças climáticas, com o aumento do custo do seguro residencial à medida que os desastres naturais se tornam mais frequentes. A revista ressalta a importância de investir em proteção nas propriedades e na infraestrutura para evitar danos físicos decorrentes das alterações climáticas.

Embora o impacto total das mudanças climáticas ainda esteja distante, é crucial que os formuladores de políticas ajam rapidamente para enfrentar esses desafios. Quanto antes as questões relacionadas ao clima forem solucionadas, melhor será para a proteção dos ativos e da sociedade como um todo.