Na CCJ, Chiquinho Brazão fala sobre sua relação com Marielle: "ótima"

O deputado federal Chiquinho Brazão, detido no último domingo (24) sob acusação de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, afirmou nesta terça-feira (26) que mantinha uma “ótima relação” com a vereadora.

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Durante uma manifestação online, durante a reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados que analisava a prisão preventiva do parlamentar, ele afirmou que o que aconteceu entre ele e Marielle foi apenas uma “simples discordância de pontos de vista” em relação ao projeto de lei que regulamentava os condomínios irregulares na cidade do Rio de Janeiro.

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“Nós tínhamos um ótimo relacionamento, tivemos apenas uma vez um debate, onde ela defendia a área de especial interesse, que eu também defendia. Marielle estava do meu lado na mesma luta”, argumentou o parlamentar, preso em Brasília, pedindo que os deputados revissem a decisão sobre sua prisão. Como Brazão é parlamentar federal, a prisão precisa ser aprovada pela maioria absoluta da Câmara dos Deputados.

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O relatório da Polícia Federal aponta como motivação para o assassinato a divergência entre Marielle Franco e o grupo político do então vereador Chiquinho Brazão em torno do Projeto de Lei (PL) 174/2016, que visava formalizar um condomínio na Zona Oeste da capital fluminense.

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O relator do caso na CCJ, deputado Darci de Matos (PSD-SC), defendeu a manutenção da prisão do parlamentar. Segundo ele, a prisão respeitou as exigências constitucionais que determinam que a detenção de um parlamentar só pode ocorrer em flagrante e por crime inafiançável.

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Por outro lado, o advogado de Chiquinho Brazão, Cleber Lopes de Oliveira, solicitou a revogação da prisão de seu cliente. “Estamos diante de um claro exemplo de uma prisão ilegal que deve ser imediatamente relaxada, como determina a Constituição Federal”, afirmou.

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Segundo ele, não há prisão em flagrante no caso de Brazão, mas sim prisão preventiva, o que não está previsto na Constituição para a detenção de um parlamentar. “Além disso, o delito não está no rol dos crimes inafiançáveis, então não há possibilidade de prisão em flagrante do parlamentar por isso”, argumentou.

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O advogado também argumentou a incompetência do Supremo Tribunal Federal (STF) para decretar a prisão do deputado, uma vez que o parlamentar só possui prerrogativa de foro privilegiado, ou seja, de ter seus processos encaminhados ao STF, se o crime tiver sido cometido durante o mandato e em razão do mandato. O crime ocorreu em 2018 e Brazão assumiu o mandato em 2019.

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Durante a reunião da CCJ, os deputados federais Gilson Marques (Novo-SC) e Roberto Duarte (Republicanos-AC) solicitaram vista para analisar se a prisão preventiva foi legal, alegando que não tiveram tempo de avaliar o relatório da Polícia Federal, a decisão de prisão do ministro do Supremo Alexandre de Moraes nem o relatório de Darci de Matos.

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Após a decisão da CCJ, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que todas as informações sobre o inquérito da Polícia Federal serão disponibilizadas aos parlamentares e líderes da Casa, para que as bancadas possam se posicionar com clareza sobre o assunto.

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“Estamos providenciando para todas as assessorias todo o material que foi entregue à Presidência da Câmara para que todos tenham esse prazo para se posicionarem com todo o zelo e cuidado que o assunto requer”, disse.

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O prazo para retomar a análise na CCJ após o pedido de vista é de duas sessões da Câmara. Segundo Lira, o pedido de vista não acarreta prejuízo para o processo e para a investigação.

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“Todo o tempo que transcorrer é em desfavor do réu, que continuará preso até que o plenário da Câmara se posicione em votação aberta”, explicou Lira.

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Com informações da Agência Brasil.

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