
O Ministério da Saúde divulgou nesta quarta-feira (5) as regras para a vacinação de crianças com idade entre cinco e 11 anos. Além disso, a pasta deixou de lado a exigência de prescrição médica para a imunização dessa faixa etária.
Confira o esquema:
- a vacinação será feita em ordem decrescente de idade (das crianças mais velhas para as mais novas), com prioridade para quem tem comorbidade ou deficiência permanente;
- a autorização por escrito só será necessária se não houver pai, mãe ou responsável presente no momento em que a criança for vacinada;
- o Ministério da Saúde orienta que os pais “procurem a recomendação prévia de um médico antes da imunização” – mas não exigirá receita médica para aplicar a vacina;
- a primeira e a segunda dose serão aplicadas com intervalo de oito semanas.
De acordo com o Ministério da Saúde, já foram encomendadas mais de 20 milhões de vacinas pediátricas da Pfizer e a previsão é que sejam entregues no primeiro trimestre deste ano.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou o uso de uma versão pediátrica da vacina da Pfizer no dia 16 de dezembro. Desde então, o ministro Marcelo Queiroga adiou a autorização da imunização, realizando uma consulta pública sobre o assunto e recomendando prescrição médica. A consulta durou 10 dias e a maioria das pessoas votaram a favor da aplicação do imunizante a esse público.
Em relação aos adultos, a vacina para as crianças de cinco a 11 anos possui uma dosagem diferente, mas com o mesmo princípio ativo. Em outubro, a Pfizer disse que a vacina é segura e mais de 90,7% eficaz na prevenção de infecções nesse público. O estudo acompanhou 2.268 crianças de cinco a 11 anos que receberam duas doses da vacina ou placebo, com três semanas de intervalo.
A Anvisa alerta que a autorização é baseada nos dados disponíveis até o momento e os resultados são avaliados a todo momento. Veja as orientações da agência:
- A dose para as crianças entre 5 e 11 anos de idade é 1/3 da formulação já aprovada no Brasil.
- A dosagem é de 10 microgramas.
- A formulação pediátrica é diferente daquela aprovada anteriormente apresentada para o público com mais de 12 anos – portanto, não pode ser utilizada a formulação de adultos diluída.
- A criança que completar 12 anos entre a primeira e a segunda dose deve manter a dose pediátrica.
- Não há estudos sobre a coadministração com outras vacinas. Segundo a Anvisa, até que saiam mais estudos, é indicado um intervalo de 15 dias entre a vacina da Covid-19 e outros imunizantes do calendário infantil.