Tragédia no Hospital: A Morte de Benício Xavier
A Polícia Civil está investigando a morte de Benício Xavier de Freitas, um garoto de apenas seis anos, após uma aplicação indevida de adrenalina intravenosa em um hospital particular de Manaus. O incidente ocorreu no dia 22 de novembro e gerou grande repercussão.
O Depoimento da Técnica de Enfermagem
Raiza Bentes, a técnica de enfermagem responsável pela aplicação, se manifestou publicamente após o depoimento da médica Juliana Brasil Santos, que prescreveu o medicamento. Raiza relatou: “Ele começou a ficar pálido e disse que o coração estava queimando. Corri para chamar a médica e a equipe de enfermagem para ajudar.” Ela ainda acrescentou que um cateter nasal foi colocado devido à dificuldade respiratória do garoto.
Erro Médico e Conflito de Culpas
No relatório interno do Hospital Santa Júlia, a médica admitiu ter prescrito a adrenalina de forma errada. Segundo Raiza, após o ocorrido, Juliana confrontou a equipe e a mãe de Benício, questionando: “Eu não falei que era para fazer nebulização?” Raiza, que está na profissão há apenas sete meses, comentou: “A gente [técnicos de enfermagem] não pode fazer nada que não esteja na prescrição médica.”
Contexto do Atendimento
Benício foi atendido no Hospital Santa Júlia com sintomas de tosse seca e suspeita de laringite, após episódios de febre. A médica Juliana prescreveu lavagem nasal, soro, xarope e três aplicações intravenosas de 3 ml de adrenalina, com intervalos de 30 minutos, que ficaram sob a responsabilidade de Raiza.
Os pais de Benício expressaram preocupação ao ver o tipo de administração indicada. O pai, Bruno Freitas, afirmou: “Meu filho nunca tinha tomado adrenalina pela veia, só por nebulização.” Raiza confirmou que nunca havia aplicado o medicamento por via intravenosa antes, mas disse que seguiria a prescrição.
A Tragédia e as Consequências
Infelizmente, após a aplicação da adrenalina, Benício sofreu seis paradas cardíacas consecutivas, com a última ocorrendo na madrugada de domingo (23), resultando em sua morte às 2h55. O caso veio à tona após os pais denunciarem o ocorrido no dia 25 de novembro.
A médica Juliana, que prescreveu a aplicação de adrenalina, responde ao processo em liberdade, já que o pedido de prisão preventiva foi negado pela Justiça. O caso está sendo analisado sob a possibilidade de homicídio doloso qualificado pela crueldade.
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