A febre oropouche continua sendo motivo de preocupação na Bahia, com dados atualizados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) revelando que o estado já contabiliza 916 casos confirmados da doença em 2024. Transmitida pelo mosquito-pólvora ou maruim, a febre oropouche tem se espalhado em diversas cidades baianas, com destaque para Ilhéus, que lidera o ranking com 112 casos, seguida por Gandu, com 82 casos, e Uruçuca, com 71 registros.
No mês de agosto, a doença atingiu 58 municípios na Bahia, um número ligeiramente menor em comparação ao mês anterior. Infelizmente, duas mortes foram confirmadas devido à febre oropouche, o que representa um triste marco, pois são os primeiros óbitos registrados no mundo em decorrência dessa enfermidade. A primeira vítima foi uma mulher de 24 anos, residente na cidade de Valença, enquanto a segunda foi uma jovem de 21 anos, moradora de Camamu, ambas localizadas no Baixo-Sul baiano.
A febre do Oropouche é uma doença viral aguda, causada pelo vírus Oropouche (OROV), pertencente à família Bunyaviridae. Os sintomas mais comuns incluem febre, dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, náuseas e vômitos. Embora seja uma doença geralmente benigna e autolimitada, em alguns casos mais graves pode levar a complicações e até mesmo óbito, como infelizmente ocorreu com as duas vítimas na Bahia.
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A Sesab tem orientado a população a adotar medidas preventivas para evitar a proliferação do mosquito-pólvora, como eliminar possíveis criadouros do vetor, usar repelentes e roupas que cubram a maior parte do corpo, especialmente durante o amanhecer e entardecer, horários em que o mosquito costuma ser mais ativo. Além disso, é importante manter a higiene ambiental e fazer o adequado descarte do lixo, para evitar condições propícias à reprodução do inseto.
No âmbito da saúde pública, as autoridades têm se destacado pela atuação rápida e eficiente no controle da disseminação da febre oropouche, realizando ações de vigilância epidemiológica, diagnóstico precoce de casos e orientação à população sobre medidas preventivas. A colaboração da comunidade também é essencial para combater a proliferação do mosquito transmissor e evitar novos casos da doença.
A conscientização da população sobre a febre oropouche e a importância de medidas preventivas é fundamental para conter a propagação do vírus e proteger a saúde da comunidade. A divulgação de informações precisas e orientações claras são medidas essenciais para enfrentar esse desafio de saúde pública e minimizar os impactos da doença na sociedade.
Em resumo, a situação da febre oropouche na Bahia é motivo de alerta, com um número significativo de casos confirmados e lamentavelmente, duas mortes registradas. A prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para controlar a doença e proteger a população. A colaboração de todos os setores da sociedade, aliada a uma atuação integrada das autoridades de saúde, são cruciais para enfrentar esse desafio e garantir a segurança e o bem-estar da população baiana.