No primeiro semestre de 2024, os dados apontam um aumento significativo no número de doações de órgãos na Bahia em relação ao mesmo período do ano anterior. De acordo com a Secretária Estadual de Saúde (Sesab), foram realizadas 499 doações, representando um crescimento de 24% em comparação com as 401 captações realizadas no primeiro semestre de 2023.
Este aumento é atribuído a uma maior conscientização da população sobre a importância dos transplantes e das doações de órgãos. No ano de 2023, a Bahia realizou 308 transplantes de rim, 582 de córneas e 45 de fígado, demonstrando o impacto positivo das doações na vida das pessoas que necessitam de transplantes para sobreviver.
Um marco importante no panorama dos transplantes na Bahia foi a realização, em junho deste ano, do primeiro transplante de pele do interior do estado, ocorrido no Hospital Geral Clériston Andrade, em Feira de Santana. Além disso, a região sediou o Congresso Nordeste de Transplantes, que reuniu representantes das secretarias estaduais de Saúde, médicos e acadêmicos para debater avanços e desafios na área.
A fila de espera por um órgão é organizada com base em critérios técnicos, levando em consideração a tipagem sanguínea, compatibilidade de peso e altura, compatibilidade genética e critérios de gravidade específicos para cada tipo de órgão. Quando os critérios técnicos são similares, a ordem cronológica de cadastro é utilizada como critério de desempate. Pacientes em estado crítico recebem prioridade no processo de transplante, devido à gravidade de sua condição clínica.
Além disso, situações de extrema gravidade, como a impossibilidade de acesso à diálise para pacientes renais, insuficiência hepática aguda grave, necessidade de assistência circulatória para pacientes cardiopatas e rejeição de órgãos previamente transplantados, também influenciam na organização da fila de espera. É importante ressaltar que a lista de espera é única, contemplando pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e da rede privada.
No cenário nacional, o tema da doação de órgãos ganhou destaque no ano passado, após o jornalista e apresentador Fausto Silva passar por transplantes de coração e rim. Esta experiência levou a discussões sobre o funcionamento da fila de espera por transplantes no país, com o intuito de promover a conscientização e o incentivo às doações de órgãos.
Em resumo, os avanços na área de transplantes na Bahia, evidenciados pelo aumento no número de doações de órgãos, refletem a importância da conscientização e educação da população sobre a doação de órgãos. Através do engajamento e da solidariedade, é possível salvar vidas e garantir uma melhor qualidade de vida para aqueles que necessitam de transplantes para continuar vivendo.