Psicóloga destaca como pessoas evitam enfrentar a si mesmas na terapia

Por Redação
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Na tarde de sexta-feira (24/5), a psicóloga Bianca Reis compareceu à sede da TV Aratu, em Salvador, para discutir a importância do cuidado com a saúde mental ao longo da vida, tanto dentro quanto fora do ambiente de trabalho. Sua palestra foi parte da Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Sipat) da empresa, que contou com a presença de especialistas de diversas áreas ao longo da semana, abordando temas como alimentação, primeiros-socorros e assédio, entre outros.

É fundamental, segundo a profissional, priorizar o descanso e o lazer para manter a saúde mental em equilíbrio, além das responsabilidades do trabalho. “Neste ritmo acelerado em que vivemos, muitas vezes encaramos o descanso e o lazer como uma recompensa, mas na verdade são necessidades essenciais para a vida. Não devemos nos sentir culpados por desejar momentos de descanso”, destacou Bianca.

A psicóloga explicou que os principais fatores que contribuem para problemas de saúde mental incluem traumas, predisposição genética, contexto social e econômico, e questões culturais. A resistência em buscar ajuda e iniciar a terapia também pode agravar esses quadros. “Muitas pessoas evitam enfrentar suas próprias emoções, o que é exacerbado pela pressão de uma sociedade preconceituosa. Além disso, podemos ser considerados ‘analfabetos emocionais’ porque muitas vezes não compreendemos nossos próprios sentimentos”, acrescentou a psicóloga.

De acordo com uma pesquisa do Global Mind Project, os brasileiros tiveram um dos maiores impactos na saúde mental em nível global após a pandemia de Covid-19. No Brasil, aproximadamente 34% dos entrevistados relataram se sentirem “angustiados”, sendo os jovens com menos de 35 anos os mais afetados. O estudo sugere que a persistência destes baixos índices de saúde mental pode indicar que as alterações provocadas pela pandemia, como o trabalho remoto e a hiperconectividade, estão dificultando o retorno aos níveis de bem-estar anteriores.

Para buscar ajuda em situações de crise, o portal do Ministério da Saúde do Governo Federal indica que as pessoas podem ser atendidas em qualquer dispositivo da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), composta por diversos serviços de saúde com finalidades distintas. O atendimento nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) pode ser iniciado por livre escolha ou mediante encaminhamento de outros serviços de saúde, da Assistência Social, Educação, Justiça, entre outros setores interligados.

Em resumo, é fundamental praticar o autocuidado e buscar apoio profissional quando necessário para preservar a saúde mental. A conscientização sobre a importância do bem-estar psicológico e a disponibilidade de serviços de atendimento são essenciais para lidar com os desafios emocionais que surgem ao longo da vida.

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