O ministro da Casa Civil Rui Costa foi convocado para falar na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, presidida pelo deputado bolsonarista Alberto Fraga, e teve sua convocação rechaçada pelo presidente da Assembleia Legislativa da Bahia – ALBA, o deputado Adolfo Menezes, nesta sexta-feira (9.04).
Em sua declaração, Adolfo Menezes classificou a convocação como uma “pantomima” e um “teatro” da Comissão, que, segundo ele, possui maioria oposicionista e bolsonarista. Ele destacou que, durante o episódio da compra dos respiradores não entregues, no auge da pandemia da Covid-19, o governador Rui Costa foi o primeiro a acionar a polícia, resultando na prisão dos responsáveis e na denúncia da empresa Hempcare, que deverá devolver o dinheiro por não ter cumprido com a entrega dos respiradores.
Para Adolfo Menezes, o caso está sendo “requentado” com motivações políticas para atingir o ministro diante do presidente Lula. Ele ressaltou a competência de Rui Costa, chamado pelo próprio presidente Lula de “meu primeiro-ministro”, e enfatizou a honestidade e conduta digna do ex-governador, que não compactuou com irregularidades. O deputado afirmou que as investigações estão sendo conduzidas pela Polícia Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) para recuperar o dinheiro desviado e responsabilizar os envolvidos pelo crime.
Segundo Adolfo Menezes, a delação de Cristiana Taddeo, proprietária da Hempcare, homologada no Superior Tribunal de Justiça, segue o mesmo padrão das delações da Operação Lava-Jato, com objetivos políticos. Ele questionou a falta de detalhes na delação, como a identidade dos supostos “amigos e emissários” do governador Rui Costa envolvidos na negociação. O presidente da ALBA alegou que a estratégia é confundir os fatos para proteger a delatora.