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Mercado financeiro aprova Haddad, mas avalia governo Lula negativamente.

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Os economistas do mercado financeiro aumentaram a avaliação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A avaliação do ministro subiu de 43% para 50% entre novembro do ano passado, revertendo a tendência negativa que vinha desde setembro de 2023. Esse é um dos resultados da nova etapa da pesquisa Genial/Quaest sobre o que pensa o mercado financeiro, conforme publicado pela colunista Míriam Leitão, do jornal O Globo.

A avaliação do governo Lula, no entanto, piorou. Hoje, 64% fazem uma análise negativa do governo, eram 52% em novembro. Nesta pesquisa, 30% avaliam como regular e só 6% têm visão positiva.

Os entrevistados foram perguntados se o ministro Fernando Haddad está mais forte do que no começo do mandato, 51% acham que sim, 35% dizem que permanece igual e 14% o veem mais fraco. A pesquisa revelou que aumentou de 44% para 51% os que avaliam que o governo está preocupado com o controle da inflação. Além disso, 46% acreditam que a inflação será menor do que em 2023, 36% que ficará igual e 19% que ficará mais alta ante o ano passado.

No cenário econômico, 73% dos entrevistados vão manter a aposta em mais queda da taxa de juros e 27% projetam que o Banco Central do Brasil vai diminuir o ritmo de reduções, mas todos acreditam que os juros continuarão caindo.

Apesar de alguns pontos positivos, a pesquisa aponta para pessimismo em alguns aspectos. Dos entrevistados, 99% acham que o governo não vai zerar o déficit este ano e 71% consideram que a política econômica está errada. Porém, caiu de 55% para 32% os que dizem que sua expectativa é de que a economia piore nos próximos doze meses.

O principal fator que pesa contra a avaliação do governo Lula é o risco de intervencionismo: 50% opinam que esse é o maior perigo. E indo para um caso específico, 89% acham que se o governo interferir na Vale o impacto será de diminuir os investimentos estrangeiros no Brasil.

No caso dos dividendos da Petrobras, 97% acham que foi uma decisão errada não distribuir os dividendos extraordinários, mas 52% avaliam que eles serão pagos “em algum momento” até o final do ano, 29% consideram que esses recursos retidos serão aplicados em investimento, 19% acham que ficarão como recursos de capital.

A pesquisa Genial/Quaest também perguntou a opinião do mercado financeiro sobre as eleições de 2026. Para 86%, Lula será candidato à reeleição. E 53% acreditam que o atual presidente é o favorito para vencer em 2026.

Sobre o ex-presidente Bolsonaro, 43% acreditam que ele será preso e 53% acham que não será. Caso seja preso, 84% consideram que isto tende a ser mais benéfico para a oposição de 2026 e 16% afirmam que será bom para o governo.

A pesquisa Genial/Quaest fez 101 entrevistas com fundos de investimento com sede no Rio e São Paulo entre os dias 14 e 19 de março. O público-alvo da pesquisa são gestores, economistas, analistas, tomadores de decisão do mercado financeiro.

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