O presidente Luiz Inácio Lula da Silva alertou na sexta-feira (15) que a democracia no mundo está sob ameaça pela extrema direita, citando como exemplo o seu homólogo argentino, Javier Milei.
Em um evento oficial em Porto Alegre, Lula destacou que “o que corre risco no mundo é a democracia. Corre risco pelo fascismo, corre risco pelo nazismo, corre risco pela extrema direita raivosa, ignorante, bruta.”
Lula expressou ainda sua preocupação com a polarização política que tomou conta da sociedade, enfatizando que “a política está tomada pelo ódio”. Ele ressaltou a importância de pensar antes de agir, em contraste com a postura de “ser contra” adotada por muitos atualmente.
Sobre o caso específico de Javier Milei, o presidente brasileiro criticou as propostas radicais do argentino, como o fechamento do Banco Central e os cortes nos gastos do Estado de forma drástica, simbolizados por uma motosserra utilizada por Milei durante sua campanha eleitoral.
Enquanto candidato, Milei não poupou críticas a Lula, usando termos como “comunista” e “corrupto” para se referir ao ex-presidente brasileiro. Em contrapartida, Lula defendeu a importância de eleger um presidente argentino que valorizasse a democracia.
Além de mencionar o caso de Javier Milei, Lula também fez menção ao seu antecessor Jair Bolsonaro ao afirmar que “até hoje ele não reconhece a derrota”.
Bolsonaro está sob investigação por uma suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado, conforme revelado por ex-comandantes militares em declarações à polícia divulgadas recentemente. Eles apontaram um suposto plano de Bolsonaro para se manter no poder após uma derrota eleitoral em 2022.
Lula destacou a importância de se proteger a democracia diante das ameaças representadas pela extrema direita e deixou claro que é necessário estar atento e resistir a qualquer tentativa de enfraquecimento das instituições democráticas.
