O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se pronunciou sobre o assassinato da líder quilombola Bernadete Pacífico, morta a tiros dentro da associação do Quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador.
Por meio das redes sociais, o político mostrou preocupação com o caso e pediu uma “investigação rigorosa”, além de relembrar da morte do filho dela, Binho do Quilombo, em 2017.
“Com pesar e preocupação soube do assassinato de Mãe Bernadete, liderança quilombola assassinada a tiros em Salvador. Bernadete Pacífico foi secretária de Políticas de Promoção da Igualdade Racial na cidade de Simões Filho e cobrava justiça pelo assassinato do seu filho, também um líder quilombola”, escreveu Lula.
“O governo federal, por meio dos ministérios da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos e Cidadania, mandou representantes e aguardamos a investigação rigorosa do caso. Meus sentimentos aos familiares e amigos de Mãe Bernadete”, completou o presidente.
O assassinato
O terreiro teria sido invadido por homens armados, que ainda fizeram familiares da vítima reféns, e fugiram levando celulares. De acordo com o filho de Bernadete Pacífico, ela foi morta com 12 tiros no rosto depois que os suspeitos afastaram os três netos e uma quarta criança.
Em entrevista para o Jornal da Manhã, da TV Bahia, no Instituto Médico Legal de Salvador, Wellington dos Santos pediu justiça pela morte de Bernadete Pacífico e apontou perseguição.
“Minha família está sendo perseguida. Em 2017, meu irmão foi assassinado da mesma forma e ontem minha mãe foi executada enquanto estava com seus três netos. Queria saber o que a gente fez para esse povo. Não sabia que fazer o bem contraria tanto as elites”, afirmou.