O ex-presidente Lula (PT) atribuiu o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco, à “gente” do presidente Jair Bolsonaro (PL). A afirmação do pré-candidato foi feita durante evento em Porto Alegre (RS), na quarta-feira (1º).
Segundo o Estadão, o petista insinuou que o chefe do Executivo tem proximidade de milicianos e afirmou que “gente dele não tem pudor em ter matado a Marielle”. O assassinato da vereadora ocorreu em março de 2018. Durante a emboscada, o motorista Anderson Gomes também foi morto.
Para Lula, a população não tem abertura para se aproximar e dialogar com Bolsonaro porque, segundo o petista, o chefe do Executivo tem um “lado obscuro”. “A gente não sabe a qualidade de todos os milicianos dele”, afirmou.
A fala do ex-presidente logo gerou reações de aliados do governo. Uma das reações veio da deputada federal Bia Kicis (PL-DF), que cobrou do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma atitude contra o que ela classificou como desinformação.
“Ex-presidiário afirma: ‘Gente do presidente’ matou a Marielle. Esse tipo de fake news que pode afetar as eleições será coibido? O pré-candidato Lula será preso ou futuramente será cassado, na remotíssima hipótese de eleito?”, publicou a deputada nas redes sociais.
Na última terça-feira (31), o vice-presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, afirmou que os candidatos que veicularem notícias falsas que possam influenciar a tomada de decisão dos eleitores poderão ter suas candidaturas anuladas. O ministro, porém, se referia especificamente a conteúdo publicado nas redes sociais.
Prisões
O assassinato de Marielle Franco ainda não foi totalmente esclarecido. O policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-PM Élcio de Queiroz estão presos há três anos, acusados de serem os executores do crime, mas as investigações ainda não identificaram o mandante ou os mandantes.