O pré-candidato ao governo da Bahia, ACM Neto (União Brasil), disse que não fará um “governo com amigos”, após oficializar ontem (17) a aliança com o atual vice-governador do estado, João Leão (PP).
Em entrevista à rádio Metrópole, na manhã desta sexta-feira (18), Neto disse que o apoio do PP muda a configuração da cena política do estado. “Isso dá uma mostra da amplitude do governo que pretendo fazer. Não vou fazer um governo com amigos, para aliados”, aponta o ex-prefeito de Salvador.
Neto reiterou que a chegada do PP ao seu grupo fortalece a pré-candidatura ao governo da Bahia. “Havia um tripé de sustentação da base do PT aqui na Bahia, ganharam quatro eleições com esse tripé, eram três importantes forças políticas que contribuíram para as duas eleições de Jaques Wagner e duas de Rui Costa. É óbvio que, trazendo para cá, um desses pilares, a gente muda a configuração política do estado”, afirmou, referindo-se o apoio do PP e PSD ao governo Rui Costa (PT).
O pré-candidato voltou a dizer que não tem pressa em anunciar o nome do vice que vai compor a sua chapa. “Sempre disse que não tinha pressa. Se alguém tinha pressa era a turma do governo. Continuo sem ter pressa, mas consciente de que existem muitas expectativas. Tenho aí alguns partidos que têm interesse nessa vaga de vice, e muitas pessoas de valor que podem agregar a uma chapa. Ainda não sabemos se vamos anunciar no dia 3 de abril ou só depois disso”, afirmou.
ACM Neto ressaltou que oficialmente, o União Brasil já tem na Bahia, o apoio firmado de três partidos. Além do PP, já fecharam o apoio Cidadania e Solidariedade. Além desses, o ex-prefeito de Salvador ainda conversa com PSDB, Republicanos, MDB, PDT, PSC, Prós, Podemos.
Nesse sentido, ele voltou a comentar o possível apoio de cada sigla a candidatos a presidente distintos. “Cada partido que está comigo e aqueles que estou dialogando tem uma pretensão nacional diferente. O PP nacionalmente está com Bolsonaro e aqui na Bahia, João Leão já manifestou interesse de caminhar com Lula. Eu tenho que respeitar os partidos que estão comigo e também pensar no futuro. Vencendo a eleição, precisamos construir uma ponte de diálogo com o presidente que for eleito. Isso é fundamental”, disse.