Foi definido esta semana que o relator do caso do ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) no Supremo Tribunal Federal (STF) será o ministro Alexandre de Moraes. Também são investigados nesse inquérito o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB), o diretor legislativo da Câmara Afrísio Vieira Lima Filho, e a mãe deles, Marluce Vieira Lima.
A redistribuição foi autorizada pela presidente da Corte, Cármen Lúcia, em 20 de dezembro, primeiro dia de recesso do STF. Na terça-feira (2), o ministro Alexandre de Moraes foi sorteado para relatar o inquérito.
O pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) por um novo inquérito – além do que já investiga o caso do “bunker” com R$ 51 milhões apreendidos em Salvador – surgiu após o ex-assessor parlamentar Job Brandão entregar ao STF, em novembro de 2017, cópias dos extratos de sua conta bancária que, segundo ele, confirmam a devolução de cerca de 80% do seu salário para a família Vieira Lima.
Em petição assinada por seu advogado Marcelo Ferreira, o ex-homem de confiança da família anexou extratos da movimentação financeira de sua conta no período entre janeiro de 2012 e novembro de 2017. Pelo caso não ter relação direta com os crimes investigados no âmbito do inquérito do “bunker”, Fachin havia pedido que a nova investigação fosse atribuída a outro ministro do Supremo.
Em depoimento à Polícia Federal, Job já havia revelado a devolução dos valores à mãe de Geddel, Marluce Vieira Lima. Após a revelação, o ex-assessor prometeu entregar as provas dos repasses. Com a entrega dos recibos e dos extratos, o advogado Marcelo Ferreira pretende conseguir os benefícios de uma colaboração e alcançar o perdão judicial para seu cliente.