Jerônimo pede cautela, Wagner acelera e Coronel não tem pressa em 2026

Por Redação
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Enquanto o senador Jaques Wagner (PT) defende que a definição da chapa majoritária para 2026 seja feita já em janeiro, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) adota uma postura mais cautelosa, reconhecendo a possibilidade de que essa decisão seja adiada para março. O governador reforçou sua posição nesta segunda-feira (15), durante uma vistoria em obras de macrodrenagem em Itapuã, Salvador.

“Quem come apressado pode comer cru”, resumiu Jerônimo ao comentar a pressão pela definição antecipada. Ele enfatizou que, apesar da vasta experiência de Wagner, o grupo governista precisa de tempo para ouvir seus aliados, avaliar cenários e construir uma composição que seja não apenas competitiva, mas também unificada. “Temos até março. Existe um prazo legal e não podemos cometer erros”, afirmou.

Em entrevista ao Toda Bahia, o senador Angelo Coronel (PSD), que também almeja a reeleição, declarou que não vê razão para a pressa na definição da chapa. “Há todo um calendário eleitoral. Acredito que até abril poderemos tomar essa decisão. Não entendo essa urgência”, observou. Coronel reafirmou sua candidatura ao Senado e descartou qualquer possibilidade alternativa. “Não existe plano B”, cravou.

Além disso, o senador afastou a possibilidade de indicar um vice para a chapa governamental. “O vice deve ser do MDB, e defendo que essa situação permaneça”, declarou.

O debate sobre a composição da chapa ganhou novos contornos com a presença do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), no mesmo evento em Itapuã. Disposto a disputar uma vaga no Senado, Rui voltou a relativizar a ideia de uma chapa “puro-sangue” petista. “Não existe chapa puro-sangue se estivermos nós três: Jerônimo, Wagner e eu. No Brasil, as pessoas votam em pessoas, não em partidos”, afirmou.

Nos bastidores, Wagner tem dado sinais de que prefere uma chapa composta apenas por nomes do PT, o que poderia excluir Coronel da disputa pela reeleição. As declarações do governador, junto com a fala de Coronel e o posicionamento de Rui Costa, indicam que a decisão ainda está longe de ser finalizada, e que a disputa interna por espaço continuará intensa nos próximos meses.

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