Edinho Silva, presidente nacional do PT, lançou um vídeo nesta quarta-feira (10) convocando a população para manifestações em várias cidades do Brasil no próximo domingo (14). As mobilizações têm como objetivo protestar contra o Projeto de Lei da Dosimetria, que foi aprovado pela Câmara dos Deputados na noite anterior. Essa proposta altera as regras de cálculo das penas e pode resultar em uma significativa redução das condenações de pessoas envolvidas na tentativa de golpe de Estado ocorrida em 8 de janeiro de 2023, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi sentenciado a 27 anos e 3 meses pelo STF.
No vídeo, Edinho faz duras críticas à proposta e enfatiza que o Brasil não pode aceitar qualquer flexibilização das punições para aqueles que participaram dos ataques. “Planejaram matar o presidente da República, o vice e o presidente do TSE. Reduzir a pena de quem planejou um assassinato? Isso é inadmissível”, afirmou o dirigente petista.
Além de se manifestar contra o Projeto de Lei da Dosimetria, Edinho também expressou sua indignação em relação à aprovação, no Senado, da PEC 48/23, que estabelece um marco temporal para a demarcação de terras indígenas. Para o presidente do PT, essa medida representa uma grave violação dos direitos históricos dos povos originários e da Constituição brasileira.
Edinho classificou as votações realizadas no Congresso como “retrocessos gravíssimos” e destacou que movimentos sociais, sindicatos e partidos do campo progressista se mobilizarão nas ruas “para defender a democracia e os direitos do povo brasileiro”. A pressão da sociedade civil se faz necessária, segundo ele, para reverter essas decisões que podem impactar negativamente o futuro do país.
O PSOL também se uniu ao chamado e começou a divulgar material nas redes sociais para incentivar a mobilização. Um dos cartazes da sigla traz a mensagem: “Derrote o Congresso inimigo do povo nas ruas e nas urnas em 2026”, enfatizando a necessidade de uma resposta contundente da população diante das ações legislativas que, segundo eles, ferem os interesses do povo.

