Uma recente pesquisa realizada pelo Datafolha revela que apenas 8% dos eleitores consideram que Jair Bolsonaro deve lançar seu filho Flávio Bolsonaro como candidato à Presidência em 2026. Em contraste, a esposa do ex-presidente, Michelle Bolsonaro, surge como a candidata preferida, recebendo 22% das intenções de voto. O governador Tarcísio de Freitas aparece logo atrás, com 20% de apoio. Os dados da pesquisa mostram que, mesmo antes do anúncio oficial da candidatura de Flávio, já existiam resistências tanto no núcleo bolsonarista quanto entre o eleitorado mais amplo.
Entre os eleitores mais leais a Jair Bolsonaro, Michelle lidera as preferências com 35%, enquanto Tarcísio conquista 30%. Por sua vez, Flávio e seu irmão Eduardo Bolsonaro ficam com 9% e 14%, respectivamente, indicando uma clara desvantagem. Essa disputa interna expõe a fragmentação do bolsonarismo, especialmente após a prisão e a inelegibilidade de Jair Bolsonaro, que enfrentará uma pena de 27 anos devido à tentativa de golpe. Tal situação traz à tona a dificuldade de unificação dentro do campo político que antes parecia coeso.
A pesquisa também revela uma forte rejeição ao apoio de Jair Bolsonaro: 50% dos entrevistados afirmaram que não votariam de forma alguma em um candidato indicado por ele, enquanto apenas 26% mostraram disposição para apoiar esses nomes. Esse cenário de desconfiança e divisão complica o panorama da direita, que busca um candidato capaz de enfrentar o ex-presidente Lula, que continua a liderar as menções espontâneas e se mantém como a figura central nas discussões eleitorais para 2026.
Com a fragmentação do bolsonarismo e a rejeição a Jair Bolsonaro, a direita se vê em uma posição difícil, sem um nome consolidado que consiga unir as diferentes facções em um só candidato. O cenário eleitoral para 2026, portanto, promete ser desafiador, com a necessidade de novos líderes que possam se destacar e conquistar a confiança dos eleitores. À medida que o ex-presidente Lula continua a dominar a narrativa política, a direita terá que se reconfigurar rapidamente para apresentar uma alternativa viável e unificada, capaz de competir no próximo pleito presidencial.

