O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) permanece detido na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, onde recebeu, neste domingo (23), a visita da esposa, Michelle Bolsonaro. A ex-primeira-dama chegou ao local por volta das 15h, possuindo autorização judicial que permitia sua permanência até as 17h.
A prisão preventiva de Bolsonaro foi decretada após a audiência de custódia, durante a qual o ex-presidente relatou ter experimentado um “surto” provocado por medicamentos antes de tentar violar sua tornozeleira eletrônica. Em sua defesa, ele negou qualquer intenção de fuga, justificativa que foi formalizada na ata da audiência, documento protocolado pelo ministro Alexandre de Moraes.
Conforme informações do portal g1, a decisão do Supremo Tribunal Federal estabelece que o ex-presidente pode receber visitas apenas de advogados constituídos e de pessoas que tenham autorização prévia, como é o caso de Michelle Bolsonaro. Além disso, ele está garantido a um atendimento médico completo enquanto estiver sob custódia.
É importante destacar que Michelle não estava na residência da família no momento da prisão, que ocorreu nas primeiras horas do sábado (22). Na ocasião, estavam com Bolsonaro apenas sua filha, seu irmão mais velho e um assessor. O ministro Alexandre de Moraes decretou a prisão após a Polícia Federal confirmar que o ex-presidente havia tentado violar a tornozeleira eletrônica utilizando um objeto de metal.
Na audiência, Bolsonaro relatou ter sofrido “alucinações” ao acreditar que havia uma escuta instalada no dispositivo. Essa percepção o levou a tentar abrir a tampa da tornozeleira. Ele também afirmou não ter recordações de episódios semelhantes e mencionou que havia começado a usar um novo medicamento cerca de quatro dias antes de sua tentativa de violação. A Justiça, no entanto, decidiu pela manutenção de sua prisão preventiva.
Este desdobramento na história política brasileira levanta discussões sobre a saúde mental e o estado emocional de Bolsonaro, que durante suas declarações demonstrou ansiedade e desconforto em relação às circunstâncias de sua detenção. A sociedade observa atentamente os desdobramentos desse caso, que continuará a gerar repercussões tanto no campo jurídico quanto na esfera política, à medida que novos fatos possam surgir e novos desdobramentos sejam esperados.
A atual situação do ex-presidente sinaliza um momento crítico em sua trajetória política e pessoal, levando a questionamentos sobre o futuro de sua carreira e o impacto que isso poderá ter nas próximas eleições e na dinâmica política do Brasil.

