“ACM Neto responde a Jerônimo: Pacientes no hospital não fazem turismo”

Por Redação
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O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, manifestou sua indignação nesta sexta-feira (14) em resposta às declarações do governador Jerônimo Rodrigues (PT). Durante uma coletiva de imprensa para o lançamento do Natal Luz em Conceição do Coité, o governador afirmou ter orientado sua secretária de Saúde a “deixar os pacientes no corredor”, uma crítica que rapidamente chamou a atenção e gerou repercussões.

Durante o evento, que contou com a presença do prefeito Marcelo Araújo, do vice Marquinhos, do prefeito de Salvador Bruno Reis, do ex-ministro João Roma, do secretário de Governo de Salvador Cacá Leão e diversas outras lideranças, ACM Neto ressaltou que o comentário de Jerônimo demonstra uma grave falta de sensibilidade e compreensão sobre a real situação da saúde pública na Bahia.

“O paciente que se dirige ao Hospital Clériston Andrade ou a qualquer outra unidade de saúde na Bahia não está lá para fazer turismo; ele busca a sobrevivência. É uma questão de vida ou morte. E o governador parece incapaz de entender isso”, destacou ACM Neto, evidenciando a gravidade das condições enfrentadas pela população.

O ex-prefeito também aproveitou o momento para contextualizar sua crítica com base em indicadores alarmantes que refletem a realidade das áreas de segurança, educação, economia e saúde no estado. ACM Neto enfatizou que “a Bahia possui o maior número de homicídios do Brasil e apresenta os piores índices de segurança pública do país. Além disso, a situação da fila da regulação é crítica, e o estado é um dos que mais permite que pessoas morram à espera de atendimento.”

Ele também apontou que o estado ocupa uma das piores posições no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) da rede estadual, além de registrar a maior taxa de desemprego do Brasil e um número alarmante de cidadãos vivendo abaixo da linha da pobreza. “Os dados do IBGE revelam que a Bahia perdeu a liderança do PIB per capita na região Nordeste. Após tantos anos, este é o triste resultado”, ressaltou.

Para ACM Neto, existe uma incoerência gritante entre o discurso governamental e a realidade enfrentada pela população mais vulnerável. “Eles ainda têm a audácia de afirmar que cuidam dos mais pobres. Isso é inaceitável. Quem perde a vida na violência é o pobre. E quem morre na fila da regulação também é o pobre, que não tem condições de arcar com um plano de saúde”, concluiu, enfatizando a necessidade urgente de mudanças na gestão pública.

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