O senador Otto Alencar (PSD-BA) fez duras críticas nesta sexta-feira (14) à proposta que pretende excluir a Polícia Federal (PF) do relatório do Projeto de Lei Antifacção, que foi apresentado pelo deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP). As declarações do senador ocorreram durante a entrega da Comenda 2 de Julho ao presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Wilson Cardoso, realizado na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).
Para Otto, não há justificativa plausível para deixar a PF fora de um texto legislativo que aborda diretamente o combate ao crime organizado. “Lamentavelmente, eu não entendo como um deputado que se considera defensor da segurança quer excluir logo a Polícia Federal”, destacou o senador. Ele ressaltou que a instituição não apenas desempenha um papel fundamental, mas também realiza “um ótimo trabalho” no enfrentamento ao crime em todo o país.
O clima de concordância foi reforçado pelo senador Jaques Wagner (PT-BA), que também estava presente no evento. Para Wagner, a legislação que visa combater as facções criminosas deve necessariamente incluir órgãos federais estratégicos, entre eles a Polícia Federal, a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Ministério da Justiça. Ele enfatizou que a colaboração entre essas instituições é vital para o sucesso no combate à criminalidade organizada.
O Projeto de Lei Antifacção ainda será analisado pelo Congresso Nacional, e os senadores demonstram preocupação com possíveis lacunas na proposta caso a Polícia Federal continue excluída. A expectativa é que o debate sobre o tema ganhe força nas próximas sessões legislativas, considerando a urgência e a relevância do assunto para a segurança pública no Brasil.

