Ministério da Saúde ressalta avanços do Agora Tem Especialistas na Bahia

Por Redação
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O diretor do Departamento de Estratégias para a Expansão e Qualificação da Atenção Especializada do Ministério da Saúde, Rodrigo Oliveira, concedeu uma entrevista ao jornal A Tarde e destacou que o programa Agora Tem Especialistas passa por um momento de intensa expansão em todo o país, com a Bahia se destacando na implementação das políticas propostas. Oliveira comentou que “o programa conseguiu diversos êxitos em um curto período” e já apresenta resultados significativos na ampliação de atendimentos, diagnósticos e parcerias com os setores público e privado.

Desde seu lançamento, em maio deste ano, Oliveira enfatiza que o marco legal do programa foi solidificado com a aprovação quase unânime no Congresso. As principais inovações já estão em funcionamento. Ele mencionou que “217 hospitais já solicitaram adesão ao crédito financeiro”, um mecanismo que permite a conversão de dívidas tributárias em serviços especializados, sendo que “na Bahia, 13 hospitais aderiram, dos quais seis já receberam aprovação para iniciar os atendimentos”.

O diretor acredita que o estado se tornou um exemplo a ser seguido em todo o Brasil ao aumentar a oferta de cirurgias e diagnósticos. Para 2024, mais de R$ 240 milhões foram alocados para este programa. Oliveira também destacou ações importantes implementadas na Bahia, como a ampliação do funcionamento das policlínicas, que agora atendem de segunda a segunda, e a utilização de unidades móveis. “Duas carretas da saúde da mulher já estão percorrendo o estado, e a carreta de oftalmologia iniciará suas atividades em dezembro, em Teixeira de Freitas”, revelou.

Em relação à adesão do setor privado, Oliveira expressou otimismo. Ele observou que, embora o programa seja recente, o entendimento e o engajamento dos hospitais privados evoluíram rapidamente. “Temos sinais significativos de forte adesão”, afirmou, lembrando que a Bahia poderá contar com R$ 112 milhões anuais em atendimento especializado por meio do crédito financeiro.

As policlínicas estaduais são vistas como fundamentais para a descentralização do atendimento especializado. De acordo com Oliveira, “a experiência da Bahia foi crucial para estruturar o processo de financiamento do PAC 3”, permitindo a construção de dezenas de unidades por todo o país.

Outro aspecto significativo em expansão é a parceria com planos de saúde para o abatimento de dívidas de ressarcimento ao SUS. Oliveira explicou que “sempre que o SUS atende um beneficiário de plano, cobramos o ressarcimento”, e agora as operadoras podem quitar essa dívida oferecendo atendimentos especializados. Quatro estados já iniciaram essa operação com a Hapvida, e novos acordos estão sendo analisados. Segundo ele, mais de 15 operadoras foram contatadas nas últimas semanas, demonstrando um grande interesse do setor.

No âmbito da atenção primária, o Ministério da Saúde aposta na integração tecnológica. “Mais de 80% das equipes já utilizam prontuário eletrônico”, destacou o diretor. Além disso, ele mencionou a distribuição de 7 mil kits de telessaúde, sendo 726 destinados à Bahia, o que deve fortalecer o cuidado nas Unidades Básicas de Saúde.

A rede federal, especialmente os hospitais universitários, terá um papel ampliado na assistência de alta complexidade, na formação de profissionais e na realização de mutirões, como o “Ebserh em Ação”, cujo próximo ciclo ocorrerá em 13 de dezembro.

Na área da oncologia, uma das seis especialidades prioritárias, os esforços se concentram em acelerar diagnósticos e facilitar o acesso ao tratamento. “Câncer é uma doença que depende do tempo”, afirmou. O programa facilitará diagnósticos de colo do útero, mama, próstata e estômago, além de reforçar a oferta de radioterapia com a entrega de mais de 120 aceleradores lineares até 2026, sendo nove destinados à Bahia.

“Estamos determinados a realizar tudo o que for necessário para reduzir o tempo de espera e proporcionar mais conforto e dignidade à nossa população”, concluiu. Ele enfatizou que o sucesso do programa depende da colaboração entre governo, municípios, profissionais de saúde e sociedade civil.

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