A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) dará início nesta terça-feira (11), às 9h, ao julgamento dos réus pertencentes ao núcleo 3 da conspiração golpista que ocorreu durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Esse núcleo é formado por nove militares do Exército e um policial federal, todos acusados de crimes graves, como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio tombado.
Os réus, conhecidos como “kids-pretos”, fazem parte de um grupamento de forças especiais do Exército. A Procuradoria-Geral da República (PGR) os acusa de planejar “ações táticas” para implementar o plano golpista.
Os investigados que compõem este núcleo incluem os seguintes nomes:
Bernardo Romão Correa Netto (coronel);
Estevam Theophilo (general);
Fabrício Moreira de Bastos (coronel);
Hélio Ferreira Lima (tenente-coronel);
Márcio Nunes de Resende Júnior (coronel);
Rafael Martins de Oliveira (tenente-coronel);
Rodrigo Bezerra de Azevedo (tenente-coronel);
Ronald Ferreira de Araújo Júnior (tenente-coronel);
Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (tenente-coronel);
Wladimir Matos Soares (policial federal).
No caso do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo Júnior, a PGR solicitou que a acusação seja reclassificada para o crime de incitação das Forças Armadas contra os poderes constitucionais. Se essa medida for aprovada, o acusado poderá ter a oportunidade de celebrar um acordo que o isentaria de uma condenação. Atualmente, ele enfrenta as mesmas cinco acusações que pesam sobre todos os réus deste núcleo.
Outros núcleos
Até o presente momento, o STF já proferiu condenações para 15 réus envolvidos na trama golpista. Dentre eles, sete pertencem ao Núcleo 4 e oito são do Núcleo 1, liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
O julgamento do grupo 2 está agendado para ter início no dia 9 de dezembro.
Por sua vez, o núcleo 5, que inclui o empresário Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente da ditadura João Figueiredo, reside atualmente nos Estados Unidos e não há previsão para o seu julgamento.
Com informações da Agência Brasil.

