“Derrite contamina debate sobre PL Antifacção, afirma Gleisi”

Por Redação
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A recente escolha do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos – PB), de nomear o deputado federal Guilherme Derrite (PP-SP) como relator do projeto de lei Antifacção gerou críticas da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Em uma postagem no X, a ministra expressou sua insatisfação com a decisão, afirmando que “a opção pelo Secretário de Segurança do governador Tarcísio de Freitas contamina o debate com os objetivos eleitoreiros de seu campo político”.

Gleisi Hoffmann destacou que a escolha do relator é uma prerrogativa do presidente da Câmara, mas questionou a motivação por trás da indicação. O projeto, que busca fortalecer a atuação do Estado no combate a organizações criminosas, foi enviado ao Congresso na última sexta-feira (31) e conta com o respaldo da administração atual.

Durante a apresentação da proposta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou a importância do projeto, afirmando que ele representa uma prioridade do governo. A ideia é proporcionar ao Estado um maior poder de ação para reprimir as atividades de grupos que atuam de maneira ilegal, controlando territórios e explorando atividades econômicas de forma criminosa.

A proposta de lei Antifacção visa fornecer ferramentas mais robustas para as forças de segurança, permitindo que possam agir de maneira mais eficiente no combate ao crime organizado. Para Gleisi Hoffmann, a indicação de Guilherme Derrite pode desvirtuar a discussão, transformando um tema que deveria ser tratado com seriedade em um palanque eleitoral.

Esse tipo de crítica não é inédito no cenário político brasileiro, onde as escolhas e alianças muitas vezes são influenciadas por interesses eleitorais. A ministra chamou a atenção para o fato de que, em vez de um debate isento e focado na segurança pública, a escolha de um relator vinculado a um governo que pode ter interesses próprios pode desviar o foco da discussão.

O impacto da decisão de Hugo Motta deverá ser avaliado nas próximas semanas, à medida que o projeto avançar nas comissões da Câmara. Enquanto isso, a administração de Luiz Inácio Lula da Silva continua a enfatizar a urgência de fazer frente ao crime organizado, que se tornou um dos principais desafios enfrentados pelo governo. A expectativa é que o debate sobre a Antifacção provoque discussões acaloradas, refletindo as divergências políticas e ideológicas que permeiam o cenário nacional.

Com isso, o governo busca não apenas apresentar uma proposta legislativa, mas também reafirmar sua posição firme contra a criminalidade, visando garantir a segurança da população e a integridade das instituições. A discussão promete ser intensa, e as repercussões da escolha de Guilherme Derrite como relator certamente estarão no centro do debate.

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