Wagner e Otto assumem titularidade na CPI do Crime Organizado no Senado

Por Redação
3 Min

Os senadores baianos Jaques Wagner (PT) e Otto Alencar (PSD) serão membros titulares da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado, que será oficialmente instalada nesta terça-feira (4) no Senado Federal.

A CPI, que foi criada em junho, inicia seus trabalhos em um contexto marcado pela recente operação policial contra o Comando Vermelho (CV) nos Complexos da Penha e do Alemão, localizados no Rio de Janeiro. Estes eventos evidenciam a urgência de uma investigação mais aprofundada sobre as facções criminosas que atuam no país.

Composta por 11 titulares e sete suplentes, a comissão reunirá parlamentares tanto da base governista quanto da oposição. O objetivo principal do colegiado é investigar a estrutura, a expansão e a atividade das milícias e das facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV). Além disso, a CPI buscará identificar possíveis conexões dessas organizações com o poder público, buscando uma compreensão mais ampla do problema.

O senador Alessandro Vieira (MDB-SE) deverá assumir a relatoria da CPI. Contudo, a definição sobre quem presidirá a comissão ainda está pendente. O governo manifesta o desejo de que a presidência fique nas mãos de Fabiano Contarato (PT-ES) ou de Jaques Wagner (PT-BA), enquanto a oposição tenta influenciar essa escolha, visando fortalecer sua agenda relacionada à segurança pública.

A CPI terá um prazo de 120 dias para suas atividades, com possibilidade de prorrogação. Durante esse período, a comissão se dedicará a investigar as fontes de financiamento das organizações criminosas, seu domínio territorial, sua atuação dentro dos presídios e, ainda, a propor mudanças legislativas que possam aprimorar o combate ao crime organizado no Brasil.

Os senadores Wagner e Alencar participarão de oitivas, análises técnicas e discussões de propostas que poderão fundamentar futuras políticas de segurança e justiça no país. A relevância dessa investigação não é apenas imediata, mas também pode resultar em soluções de longo prazo para um dos maiores desafios enfrentados pela sociedade brasileira atualmente: a luta contra o crime organizado.

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