Capitão Alden critica plano de Jerônimo e diz que governo vigia policiais

Por Redação
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O deputado federal Capitão Alden (PL) manifestou sua desaprovação, nesta quinta-feira (23), em relação ao Plano de Atuação Qualificada de Agentes do Estado (PQUALI) 2025-2027, apresentado pelo governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT). O lançamento do programa, que visa à qualificação das forças de segurança e à redução das mortes em intervenções policiais, foi oficializado no Diário Oficial do Estado (DOE) na quarta-feira (22).

Em um vídeo publicado nas redes sociais, Capitão Alden expressou que o plano demonstra uma “desconfiança” em relação aos policiais e desvia a atenção do verdadeiro combate ao crime organizado. “A Bahia não precisa de um plano para vigiar policiais, mas sim de uma estratégia para derrotar as facções criminosas. Os policiais necessitam de apoio, não de desconfiança. O crime organizado é o verdadeiro inimigo”, declarou o parlamentar.

O deputado ainda criticou a ênfase excessiva do PQUALI no controle das ações policiais ao estabelecer metas rígidas para a redução das mortes em confrontos. “O plano estipula como meta uma redução de 10% nas mortes em ações policiais a cada semestre. Isso pode levar o policial a hesitar em reagir, mesmo diante de criminosos armados, com medo de impactar negativamente as estatísticas do governo”, afirmou.

Além disso, ele destacou que o plano apresenta “fragilidades” ao priorizar o controle sobre o policial, em vez de valorizar a vida dele e de sua família. “O programa promete câmeras, protocolos e comitês de monitoramento, mas não aborda questões fundamentais como salários, condições de trabalho ou proteção jurídica”, completou Capitão Alden.

O PQUALI 2025-2027, por sua vez, foi lançado pelo governo estadual como um componente de uma estratégia integrada com o objetivo de reduzir mortes por intervenção legal e aprimorar a atuação policial. Essa medida foi oficializada através das portarias conjuntas n.º 05 e n.º 06, que foram assinadas pelos titulares da Secretaria de Segurança Pública (SSP), da Secretaria da Justiça e Direitos Humanos (SJDH), da Polícia Militar, da Polícia Civil e do Departamento de Polícia Técnica (DPT).

Estruturado em três eixos de trabalho, o plano busca integrar as ações das forças de segurança, promover a transparência institucional, ampliar o uso de tecnologia e aprimorar os protocolos operacionais. Além dessas iniciativas, o governo pretende criar um núcleo de gestão e fiscalização para monitorar as metas estabelecidas, garantindo um acompanhamento contínuo dos avanços e desafios enfrentados pela segurança pública na Bahia.

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