Na próxima terça-feira (21), o Supremo Tribunal Federal (STF) dará continuidade ao julgamento dos sete réus envolvidos no denominado Núcleo 4 da conspiração golpista que está sendo investigada pela Corte. Conforme informações da Procuradoria-Geral da República (PGR), esse grupo se destaca por sua suposta responsabilidade na propagação de desinformação acerca do sistema eletrônico de votação e na hostilização de autoridades públicas.
As apurações revelam que os acusados teriam explorado a estrutura da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para facilitar a difusão de conteúdos falsos e coordenar ataques às instituições democráticas. Tais ações levantam sérias preocupações sobre a integridade do processo eleitoral e o funcionamento do sistema democrático no Brasil.
A sessão de julgamento começará com o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes. Em seguida, os ministros Cristiano Zanin, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Flávio Dino, que preside o colegiado, também irão se pronunciar. Durante a votação, os ministros decidirão se os réus deverão ser absolvidos ou condenados. Se a absolvição ocorrer, o processo será encerrado. Caso contrário, as penas serão definidas conforme o nível de envolvimento de cada um dos acusados.
O início do julgamento aconteceu na semana anterior, quando os argumentos da PGR e as defesas dos réus foram apresentados. No dia 14, as partes tiveram a oportunidade de se manifestar em plenário, aprofundando as discussões sobre as evidências e os relatos que sustentam as acusações.
Réus do Núcleo 4
- Ailton Gonçalves Moraes Barros, ex-major do Exército
- Ângelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército
- Carlos César Moretzsohn Rocha, engenheiro e presidente do Instituto Voto Legal
- Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército
- Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel do Exército
- Marcelo Araújo Bormevet, agente da Polícia Federal e ex-integrante da Abin
- Reginaldo Vieira de Abreu, coronel da reserva do Exército
O desfecho deste julgamento trará implicações significativas não apenas para os réus, mas também para o sistema democrático brasileiro como um todo. A atenção do público e da mídia se volta para o STF, onde se espera que a decisão dos ministros reflita os princípios da justiça e a necessidade de proteger as instituições democráticas contra ataques e desinformação.