O deputado federal Dal Barreto (União Brasil) foi alvo da sexta fase da Operação Overclean, deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta terça-feira, dia 14. A operação investiga uma organização criminosa suspeita de fraudes em licitações, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.
Agentes da PF abordaram o parlamentar no Aeroporto Internacional de Salvador, onde procederam com a apreensão de seu celular, de acordo com informações divulgadas pela TV Bahia. Apesar da ação, a PF não revelou detalhes específicos sobre as suspeitas que recaem sobre Dal Barreto.
Em uma entrevista concedida à TV Bahia, Dal Barreto negou veementemente qualquer envolvimento nas investigações: “As provas vão chegar no momento certo e as pessoas vão entender. Tudo será conduzido pela Justiça. Aguardamos que a Justiça esclareça tudo.” O deputado ressaltou que sua presença no aeroporto se limitava a um encontro com um amigo e que os agentes não realizaram perguntas além da solicitação para a entrega do celular. “Não falei nada. Não me perguntaram nada. Apenas me pediram o celular e eu entreguei”, afirmou.
Natural da cidade de Amargosa, localizada no Recôncavo baiano, Dal Barreto está em seu primeiro mandato, iniciado em 1º de fevereiro de 2023. Recentemente, ele votou a favor da PEC 3/2021, conhecida como PEC da Blindagem, e também pela urgência para o PL 2162/2023, que prevê anistia a condenados por atos golpistas.
Nesta fase da Operação Overclean, os alvos da investigação incluíram as cidades de Salvador, Amargosa e Brasília (DF). A PF executou oito mandados de busca e apreensão, uma medida cautelar diversa da prisão e o sequestro de valores obtidos de forma ilícita. Todas as ordens judiciais foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Os investigados podem responder por uma série de crimes, que incluem organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos administrativos, além de lavagem de dinheiro. A operação destaca um esforço contínuo das autoridades para coibir práticas ilegais no setor público e garantir a integridade nas licitações. Com a investigação em andamento, a sociedade aguarda esclarecimentos sobre o desdobramento do caso e a eventual responsabilização dos envolvidos.
