A retirada de pauta que resultou na caducidade da medida provisória alternativa à elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) foi uma decisão deliberada do Congresso, conforme afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, nesta quinta-feira (9). Em uma publicação nas redes sociais, o ministro destacou os protestos recentes contra o Congresso e sugeriu que a insatisfação popular pode se intensificar novamente.
“Apesar de intensas negociações, o lobby dos privilegiados prevaleceu no Congresso e derrubou essa medida. Não se tratou de um descuido, mas de uma escolha consciente. Uma escolha que retira direitos dos mais pobres para proteger os privilegiados. Uma decisão que blinda os mesmos aliados de sempre e força cortes que afetam aqueles que mais necessitam do apoio do Estado”, declarou Haddad.
O ministro enfatizou, mais uma vez, que a medida provisória tinha como objetivo aumentar a tributação sobre alguns investimentos e eliminar a isenção de outros, visando principalmente os mais ricos e as empresas de apostas eletrônicas, conhecidas como bets. Segundo Haddad, a previsão de arrecadação de R$ 17 bilhões para o próximo ano seria fundamental para garantir os investimentos em áreas essenciais como saúde, educação e previdência social até 2026.
“A proposta buscava cobrar o mínimo dos bilionários, bancos e bets, uma operação simples e justa. O intuito era proteger os direitos dos que ganham menos, demandando uma contribuição justa daqueles que detêm grandes fortunas e que, frequentemente, não pagam uma parte equivalente ao que deveriam”, comentou Haddad. Ele ainda ressaltou a importância de um sistema tributário mais equitativo, que permita um melhor atendimento às necessidades da população mais vulnerável.
Essa situação evidencia a crescente insatisfação e a divisão entre as políticas que favorecem os mais ricos e aquelas que visam amparar os menos favorecidos. Fernando Haddad concluiu sua mensagem afirmando que é preciso manter a pressão sobre os representantes políticos, a fim de garantir que as vozes dos cidadãos sejam ouvidas e respeitadas. “A luta pelos direitos dos mais pobres continua, e precisamos nos unir para que essas vozes não sejam silenciadas”, finalizou.
Com informações da Agência Brasil.