O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), desponta como um dos principais candidatos para ocupar a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), que será aberta com a aposentadoria antecipada do ministro Luís Roberto Barroso, anunciada nesta quinta-feira (9).
De acordo com informações apuradas pela CNN, a possibilidade de que Pacheco seja indicado ganhou força nos bastidores políticos, impulsionada pela relação próxima e estável que ele mantém com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde o início do atual governo. A eventual nomeação será vista como um gesto de reconhecimento político por parte do Palácio do Planalto.
Além de Pacheco, outros nomes estão sendo considerados pelo presidente Lula. O advogado-geral da União, Jorge Messias, e a procuradora da Advocacia-Geral da União, Manuelita Hermes Rosa Oliveira Filha, também figuram na lista. Essa última chegou a ser cogitada para a vaga deixada pela ex-ministra Rosa Weber, em 2023. Naquele momento, Lula optou por nomear Flávio Dino, que era o ministro da Justiça e Segurança Pública.
Apoio dentro do Supremo
A possível indicação de Rodrigo Pacheco ao STF conta com apoio significativo entre os ministros da própria Corte. Em entrevista à Folha de S.Paulo, o decano Gilmar Mendes elogiou o perfil do senador e expressou simpatia por sua nomeação. “A Corte precisa de pessoas corajosas e preparadas juridicamente”, afirmou Gilmar.
O ministro complementou: “O senador Pacheco é o nosso candidato. O STF é jogo para adultos.” Essa declaração foi interpretada como um sinal público de apoio ao nome do presidente do Senado, que se consolidou como um articulador político moderado e uma figura de confiança tanto para o Planalto quanto para setores do Judiciário.
A expectativa em torno da escolha de Lula aumenta, uma vez que a composição do STF deve refletir não apenas a política, mas a necessidade de uma atuação judiciária que atenda os anseios da sociedade. A relação entre Pacheco e o presidente é vista como um fator crucial que pode facilitar esse trânsito entre o Legislativo e o Judiciário.
O cenário político permanece dinâmico, e o desfecho em torno da nova nomeação no STF terá impactos significativos não só para o governo, mas também para a forma como as decisões judiciais são percebidas e executadas no Brasil. Com a aposentadoria de Barroso, a expectativa é que seu sucessor traga uma nova perspectiva, mantendo, porém, a tradição de defesa dos direitos e garantias constitucionais.
