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CPMI do INSS: empresário se manifesta ao relator, mas silencia na comissão

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Após responder a perguntas formuladas pelo relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), o empresário Fernando dos Santos Andrade Cavalcanti anunciou que optará por permanecer em silêncio durante o restante de seu depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, na tarde desta segunda-feira (6).

“A partir de agora, Fernando vai permanecer em silêncio. Ele não irá se manifestar, seja para afirmar ou negar qualquer questão”, explicou o advogado de Cavalcanti, Thiago Machado.

Cavalcanti, que foi sócio do advogado Nelson Willians, um dos investigados em um esquema de descontos fraudulentos sobre mensalidades de associações de aposentados e pensionistas, é um dos alvos da Operação Sem Desconto, conduzida pela Polícia Federal (PF) em colaboração com a Controladoria-Geral da União (CGU). Essa operação investiga fraudes relacionadas a descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS.

Um habeas corpus, concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, assegurou a Cavalcanti o direito de não se submeter a perguntas que possam incriminá-lo durante as investigações.

No início de seu depoimento, que ocorreu por volta das 16h30, o empresário negou de forma veemente as acusações que o ligam ao esquema de desvios relacionados às mensalidades de aposentados. Ele se definiu como alguém que não é laranja e não se beneficia das atividades ilícitas em questão.

Além disso, Cavalcanti afirmou desconhecer as atividades ilegais praticadas por Nelson Willians e por Maurício Camisotti. O advogado Willians é proprietário de um dos mais prestigiados escritórios de advocacia do Brasil e ganhou notoriedade por exibir, em suas redes sociais, uma vida de luxo e ostentação.

A CPMI do INSS tem como objetivo investigar minuciosamente as irregularidades relacionadas ao sistema previdenciário, e o depoimento de Cavalcanti é um dos muitos que estão sendo realizados para esclarecer as denúncias sobre fraudes. Ao manter-se em silêncio, o empresário se resguarda de possíveis implicações legais, enquanto a investigação avança. A operação já resultou em diversas prisões e o cerco se fecha em torno de outros envolvidos.

Com informações da Agência Brasil.

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