Na última sexta-feira (3), o deputado estadual Kléber Cristian Escolano de Almeida, conhecido popularmente como Binho Galinha (PRD), foi preso e está atualmente custodiado em uma Sala de Estado-Maior no Centro de Observação Penal (COP), localizado em Salvador. O parlamentar é suspeito de liderar uma milícia e de estar à frente de um esquema de lavagem de dinheiro que perdura por mais de uma década. Desde quarta-feira (1º), ele era considerado foragido, após a “Operação Anômico”, um desdobramento da operação “El Patrón”, resultar na prisão de sua esposa, seu filho e mais sete pessoas envolvidas no esquema.
De acordo com informações fornecidas pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), Binho Galinha foi escoltado até Salvador por uma equipe composta por 20 agentes e promotores do Gaeco, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado. As investigações revelaram que o grupo liderado pelo deputado movimentou milhões de reais através de empresas de fachada, comércio irregular de peças de veículos roubados e transações financeiras que não condizem com os rendimentos declarados. Além disso, a Polícia Federal conseguiu apreender um carro blindado que, segundo as investigações, teria sido utilizado na fuga de Binho Galinha, o qual foi encontrado abandonado em uma área de mata em Feira de Santana.
A defesa do parlamentar, por sua vez, emitiu uma nota afirmando que Binho Galinha não estava foragido e que a prisão foi decretada por autoridade considerada incompetente. Eles classificaram a operação como uma “espetacularização midiática” e uma “perseguição política” direcionada ao deputado. Em resposta a essa situação, a Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) declarou que, assim que receber a notificação oficial sobre o caso, acionará o Conselho de Ética para que uma análise cuidadosa seja realizada. A ALBA assegurou que todo o processo será conduzido com a máxima transparência e imparcialidade, respeitando as normas e procedimentos legais.
As implicações dessa prisão não se restringem apenas ao âmbito pessoal do deputado. A operação pode desvelar uma rede de corrupção e crimes organizados que, segundo as autoridades, atuam em várias frentes. A sociedade civil e os órgãos de controle estão atentos ao desenrolar dos fatos, uma vez que a luta contra a corrupção e a impunidade se tornou uma prioridade nas pautas de políticas públicas. Com o andamento das investigações, espera-se que a verdade seja elucidada e que a justiça prevaleça para todos os envolvidos. Com informações do G1.