A presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), deputada Ivana Bastos, decretou luto oficial no Parlamento baiano em virtude do falecimento do ex-deputado estadual e ex-prefeito de Itapetinga, Michel Hagge, ocorrido nesta quarta-feira (1º), aos 97 anos. O político estava internado em Vitória da Conquista desde o dia 21 de setembro.
Michel Hagge foi uma figura emblemática na política baiana, exercendo um papel ativo e influente no Poder Legislativo. Durante sua passagem pela Assembleia Legislativa, ele ocupou cargos significativos, como o de vice-líder do Bloco da Minoria em 2001 e 3º secretário da Mesa Diretora entre os anos de 2003 e 2005. Além disso, Hagge participou de várias comissões temáticas que moldaram a legislação do estado.
O legado de Michel Hagge se estende além de sua atuação no Legislativo. Como prefeito de Itapetinga, ele completou três mandatos distintos, durante os quais promoveu um desenvolvimento notável na infraestrutura e na qualidade de vida da população local. Sua administração foi marcada por importantes realizações, como a construção de habitações populares, a criação da Central de Abastecimento, o Parque Poliesportivo da Lagoa e a inauguração do CAIC Paulo Hagge. Além disso, mais de dez escolas municipais foram inauguradas sob sua gestão.
As administrações de Michel Hagge também se dedicaram à modernização da cidade, com investimentos significativos em obras de pavimentação e saneamento básico, melhorando a vida dos cidadãos e transformando Itapetinga em um lugar mais habitável.
A trajetória política de Hagge foi determinante para consolidar o nome de sua família na esfera pública de Itapetinga. Ele não apenas exerceu dois mandatos como deputado estadual, mas também inspirou outros membros da família a se envolverem na política local. Seu neto, Rodrigo Hagge, assumiu a prefeitura do município entre 2017 e 2024, enquanto seu filho, Eduardo Hagge, é o atual prefeito da cidade.
Além da vida política, Michel Hagge também se destacou em sua atuação em instituições locais. Ele foi um dos fundadores da Loja Maçônica Amor e União Itapetinguense e teve um papel ativo no Sindicato Rural de Itapetinga. No setor cooperativista, ele presidiu a Coopardo durante a década de 1970, contribuindo para o fortalecimento da economia local.