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Deputados se desculpam após arrependimento da votação da PEC da Blindagem

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A intensa pressão popular contra a PEC da Blindagem provocou uma onda de retratações entre parlamentares de diversas correntes políticas, que se viram obrigados a pedir desculpas pelo apoio dado ao texto, aprovado em dois turnos pela Câmara dos Deputados na última terça-feira (16).

Entre os primeiros a se manifestar foi o deputado Merlong Solano (PT-PI), que considerou seu voto um “grave equívoco”. Em uma nota pública, ele esclareceu que sua intenção era preservar o diálogo entre o PT e a presidência da Câmara, visando viabilizar pautas relevantes, como a isenção do Imposto de Renda, a taxação dos super-ricos e a elaboração de um novo Plano Nacional de Educação. No entanto, o deputado admitiu que essa estratégia não produziu os efeitos desejados e revelou ter assinado um mandado de segurança no STF solicitando a anulação da votação.

Na mesma linha, o deputado Pedro Campos (PSB-PE) também se retratou. Em um vídeo, ele revelou ter recebido “milhares de mensagens” que criticavam seu voto e reconheceu que a abordagem política adotada para barrar a anistia e aprovar medidas sociais “não foi o melhor caminho”. “Saímos derrotados na votação da PEC e na votação da anistia”, lamentou.

O deputado Thiago Joaldo (PP-SE), membro do Centrão, apontou que a Câmara “errou na mão” ao aprovar a proposta. Para ele, essa medida se configurou como um “remédio mais letal que a própria enfermidade”. O parlamentar se comprometeu a lutar para que a PEC seja derrubada no Senado.

Por sua vez, a deputada Sylvye Alves (União Brasil-GO) foi ainda mais incisiva em sua autocrítica. Em um vídeo, ela afirmou ter cometido um “erro gravíssimo” e reconheceu que se deixou levar por pressões políticas. “Eu fui covarde, cedi à pressão e mudei meu voto. Peço perdão ao povo de Goiás e a todos que acreditam no meu trabalho”, desabafou.

Apesar das manifestações de arrependimento, a PEC da Blindagem segue agora para análise no Senado, onde também enfrenta uma forte resistência. A situação evidencia a fragilidade do apoio que a proposta possui neste novo cenário político, com parlamentares refletindo sobre suas decisões à luz da reação popular. A pressão da sociedade pode resultar em um desfecho diferente para a PEC na Casa Alta, com a possibilidade de mais desdobramentos e mobilizações nos próximos dias.

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