A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro encaminhou, nesta terça-feira (16), um relatório médico ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), detalhando a condição de saúde do político. O cardiologista Leandro Echenique relatou que Bolsonaro sofreu um episódio de mal-estar, que incluiu pré-síncope e vômitos, acompanhados de uma queda significativa da pressão arterial.
Mais cedo, Jair Bolsonaro deixou sua residência em regime de prisão domiciliar e foi transportado para o Hospital DF Star, localizado em Brasília, por policiais penais responsáveis pelo monitoramento de sua casa. Essa saída, de acordo com as regras estabelecidas por Alexandre de Moraes, não representa uma violação da decisão que impôs a prisão domiciliar ao ex-presidente.
De acordo com a legislação, Bolsonaro tem a permissão para se dirigir ao hospital em situações de emergência. No entanto, a norma exige que um atestado médico seja apresentado ao STF no prazo máximo de 24 horas após o atendimento. Essa medida visa assegurar a transparência sobre as condições de saúde do ex-presidente.
Vale ressaltar que no último domingo (15), Bolsonaro já havia se submetido a um procedimento dermatológico e realizado exames que resultaram no diagnóstico de anemia, conforme o boletim médico emitido pela instituição de saúde. O acompanhamento de sua saúde tem gerado preocupação, tanto entre seus apoiadores quanto na esfera política, dada a relevância de sua figura no cenário nacional.
Desde que foi colocado em prisão domiciliar, Jair Bolsonaro tem enfrentado uma série de desafios legais e de saúde. O relatório médico e a recente internação são reflexos de sua condição delicada, que aliada ao contexto jurídico, cria um ambiente de tensão em torno de sua figura. A comunicação entre sua defesa e o STF tem sido fundamental para garantir que os direitos de Bolsonaro sejam respeitados, ao mesmo tempo em que se busca cumprir as determinações legais.
O ex-presidente, que continua sendo uma figura polarizadora na política brasileira, enfrenta não apenas questões de saúde, mas também um cenário jurídico complexo. A atenção dos meios de comunicação e da sociedade civil permanece voltada para as próximas etapas do processo legal e para a recuperação de sua saúde, aspectos que podem influenciar sua trajetória política no futuro.