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Lula destaca que saúde não tem lado e recorda a covid-19

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Neste sábado (13), o governo brasileiro promoveu um mutirão de atendimentos hospitalares, evento que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante sua fala, Lula destacou a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) no enfrentamento da pandemia de covid-19 e enfatizou que, em questões de saúde, não existem divisões entre direita e esquerda. “Quando se trata de saúde, o que existe são pessoas comprometidas com o bem-estar da população brasileira”, afirmou o presidente, referindo-se à dedicação dos profissionais do SUS.

O evento ocorreu no Hospital Universitário de Brasília (HUB), que está vinculado à Universidade de Brasília (UnB) e é administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Ao todo, 45 hospitais, distribuídos em 25 estados, todos sob a gestão da entidade estatal, participaram do mutirão, que abrange cirurgias eletivas, exames e consultas com especialistas.

Os atendimentos foram direcionados a diversas especialidades, como cardiologia, ortopedia, oftalmologia e saúde da mulher. Dados do governo apontam que, em apenas um dia, cerca de 2 mil cirurgias eletivas (não urgentes), 4,5 mil consultas e 22,7 mil exames foram pré-marcados para realização neste sábado, fruto do empenho das equipes médicas e de enfermagem. Em tom de brincadeira, Lula comentou: “A gente paga hora extra, mas agora é o seguinte, a gente vai ter que fazer mais” diante de uma plateia composta por funcionários do hospital e pacientes.

O mutirão, denominado Dia E, mobilizou turnos extras e contou com a participação direta de mais de 2,5 mil médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e especialistas, além de aproximadamente 700 estudantes. Ao todo, mais de 3,2 mil profissionais foram envolvidos na ação, conforme informou a Ebserh.

A iniciativa faz parte do programa Agora Tem Especialistas, que visa reduzir a fila de atendimentos no SUS. Atualmente, a escassez de médicos faz com que os pacientes aguardem meses para consultas com especialistas, como cardiologistas e oncologistas. O programa também prevê a realização de atendimentos na rede privada, incluindo o abatimento de dívidas de operadoras de saúde com o SUS. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, revelou que cerca de 190 hospitais demonstraram interesse em aderir à proposta.

O presidente da Ebserh, Arthur Chioro, anunciou a meta de aumentar em 40% o número de cirurgias realizadas nos hospitais universitários, que contam com o apoio de médicos residentes e graduandos das próprias universidades. Ele ressaltou: “Isso não se resume a números. Na vida das pessoas, significa a oportunidade de viver com dignidade e, muitas vezes, ter seu diagnóstico feito no momento certo”.

O vice-presidente, médico anestesista Geraldo Alckmin, também discursou, elogiando o SUS como um patrimônio da população brasileira. Esta é a segunda edição do Dia E neste ano; em julho, foram realizados 12.464 procedimentos em todo o país, incluindo 10.160 exames, 1.244 consultas e 1.060 cirurgias. Desde 2025, a Ebserh já organizou um total de 417 mutirões em diferentes ocasiões. Uma terceira edição do mutirão de atendimentos está prevista para dezembro.

Com informações da Agência Brasil.

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