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Bolsonaro condenado e enfrenta novo processo no STF; entenda

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Em uma decisão histórica, o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete de seus aliados por crimes graves, como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado por violência e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio tombado. O julgamento resultou em uma votação de 4 a 1, refletindo a seriedade das acusações.

A maioria dos réus recebeu penas superiores a 20 anos de prisão em regime fechado. Contudo, mesmo com as condenações estabelecidas, Bolsonaro e os outros acusados não serão imediatamente encarcerados. Eles ainda têm o direito de apelar da decisão, buscando reverter as sentenças. Somente após a rejeição dos recursos, as prisões poderão ser efetivadas.

Atualmente, o ex-presidente está sob prisão domiciliar, mas essa medida se relaciona a um outro processo. Ele é alvo de investigações que apuram sua colaboração com o governo dos Estados Unidos, dirigido por Donald Trump, com o intuito de implementar ações de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do STF.

No contexto dessas investigações, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, também está sendo investigado por sua atuação junto ao governo de Trump. As investigações envolvem ações que promovem medidas de retaliação contra o Brasil e seus dirigentes. Em um desdobramento desse caso, o ex-presidente é suspeito de transferir recursos via Pix para sustentar a estadia de seu filho no exterior. Em março, Eduardo solicitou licença do seu mandato parlamentar e se transferiu para os Estados Unidos, alegando perseguição política. Em agosto, a Polícia Federal (PF) indiciou Bolsonaro e seu filho pelos crimes de coação no curso do processo e pela tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

Sanções

Nos últimos meses, o governo dos Estados Unidos impôs uma série de sanções contra o Brasil e suas autoridades. Dentre essas sanções, destaca-se um aumento tarifário de 50% sobre as importações de produtos brasileiros, além de uma investigação comercial em relação ao Pix e punições financeiras dirigidas ao ministro Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky.

Trump e membros de sua administração afirmam que Bolsonaro se tornou alvo de uma “caça às bruxas”, argumentando que Moraes estaria agindo contra a liberdade de expressão de empresas americanas que operam redes sociais. A situação continua a gerar discussões acaloradas tanto no Brasil quanto internacionalmente, revelando as complexas interações entre política, justiça e relações exteriores.

Com informações da Agência Brasil.

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